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PCP mantém Festa do Avante! (mas promete “pesar e bem” as circunstâncias)

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Mário Cruz / Lusa

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, afirmou esta terça-feira que o partido mantém a intenção de realizar a Festa do Avante! em setembro, mas promete “pesar e bem” as circunstâncias em que vai acontecer.

No final de uma audiência com o Presidente da República, o líder comunista foi questionado se, perante as novas medidas restritivas na Área Metropolitana de Lisboa, o PCP poderia reavaliar a realização do evento, que marca anualmente a rentrée comunista.

“Pela enésima vez, dizer que a festa está marcada desde o ano passado, estamos a pensar realizá-la, acompanhada naturalmente de uma avaliação das circunstâncias em que ela se vai realizar”, disse Jerónimo de Sousa.

O líder do PCP defendeu o que tem sido o “sentido de responsabilidade” do partido nesta pandemia e a sua intenção de tentar o “regresso à normalidade”, mas sem prejudicar a saúde pública. “Mantemos a Festa do Avante!, mas pesaremos e bem as circunstancias em que se possa realizar”, assegurou o líder comunista.

O evento está marcado para entre 4 e 6 de setembro no concelho do Seixal, que faz parte da Área Metropolitana de Lisboa, que é atualmente o epicentro da covid-19 no país.

Nas suas últimas edições, o Avante, jornal oficial do PCP, tem noticiado os trabalhos de preparação da festa na Quinta da Atalaia, incluindo os anúncios de compra de bilhetes.

A realização da festa do Avante está envolta em polémica depois de todos os partidos terem cancelado acontecimentos que juntem muitas pessoas e de o Governo ter proibido os festivais de verão até setembro. Há inclusive uma petição online a pedir que a festividade comunista seja cancelada imediatamente.

A Área Metropolitana de Lisboa (AML) está sujeita, a partir desta terça-feira, a medidas mais restritivas para conter os casos de covid-19 – como a proibição de ajuntamentos de mais de dez pessoas ou o encerramento de todos os estabelecimentos comerciais a partir das 20:00 (exceto restaurantes) – e quem desrespeitá-las pode incorrer em crime de desobediência, determinou o Governo.

Portugal regista esta terça-feira mais seis mortos relacionados com a covid-19 do que na segunda-feira e mais 345 infetados, 87% dos quais na Região de Lisboa e Vale do Tejo, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Os dados da DGS indicam 1.540 mortes relacionadas com a covid-19 e 39.737 casos confirmados desde o início da pandemia.

ZAP // Lusa

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6 Comments

  1. Como é que isto é possível? O mesmo com manifestações e outros eventos.

    Dois pesos, duas medidas?

    É mais importante uma ‘festa’ ou a segurança das pessoas? – daqueles que a eventualmente frequentem e a propagação deste ‘ajuntamento’ na população em geral.

  2. Também partilho a mesma opinião acima expressa pelo Pedro … no entanto, reflectindo um pouco mais há duas situações interessantes, a primeira é que muitos dos presentes ficarão contagiados e a segunda é que também não se perde nada … tem é que durar 15 dias, assim afirmavam o principio da igualdade por todos e ninguém ficava prejudicado …

  3. Tio Jerónimo explique como é que vai fazer para se entrar alguém com o vírus para ele ou ela não transmitir outros o vírus? Se o PCP estivesse interessado na saúde dos portugueses fazia o que muitas organizações fizeram cancelava festa, neste momento em que os ajuntamentos estão a dar no que sabemos e com muito menos gente que entra na Festa do avante como irá ser na Festa se entrarem pessoas com o vírus? Quem vai tio Jerónimo caso siso aconteça?Só desejo que nas próximas eleições o PCP seja reduzido ao partido do Táxi ou que nem tenha votos para meterem o CU na A.R.

  4. Tem tanto sentido de responsabilidade e civismo, como os ditos “jovens” (que não o são), mas sim Adultos provocadores egoístas !… E este velho que ocupa um lugar de Deputado na A.R, deveria ser exemplar por inerência do cargo. Com estes tristes exemplos que vem de cima, como repreender outros ??????… Vergonhosos tanto uns como os outros!…

  5. Mas será o PCP que tem que pesar bem as consequências e decidir sobre questões de saúde, que não lhe dizem respeito? Ou serão as autoridades de saúde que têm que dar a sua opinião sobre uma questão tão delicada?

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