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“Fugir é um ato de cobardia”. Paulo Guichard já deixou a prisão

O Supremo Tribunal de Justiça mandou hoje libertar do ex-administrador do BPP Paulo Guichard, no âmbito do pedido de habeas corpus da sua defesa, após ter sido preso a semana passada no aeroporto quando chegava a Portugal.

“Pelo exposto, acordam os juízes desta secção criminal do Supremo Tribunal de Justiça em diferir a providência de habeas corpus formulada por António Paulo de Araújo Portugal Guichard Alves”, lê-se na decisão divulgada pelo Supremo Tribunal de Justiça.

O ex-administrador do BPP Paulo Guichard foi detido na quinta-feira da semana passada no aeroporto do Porto vindo do Brasil. Desde então esteve detido no estabelecimento prisional de Custóias, em Matosinhos, no distrito do Porto.

À saída do estabelecimento prisional, Guichard disse que “fugir é um ato de cobardia, encarar é um ato de coragem”, referindo que regressou do Brasil com o objetivo de se apresentar “voluntariamente às autoridades”, cita o Diário de Notícias.

“Quando cheguei a Portugal sabia o que me esperava e que tinha uma cruz para suportar nas costas”, disse, revelando que já entregou o seu passaporte ao mesmo tempo que apontou ao processo BPP “fragilidades que têm de ser assumidas”.

O advogado de Guichard já tinha defendido esta quinta-feira, na audição no Supremo Tribunal de Justiça, que a prisão do ex-administrador do BPP é ilegal por estar pendente um recurso e que a decisão terá uma importância sistémica.

ZAP // Lusa

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