O ex-administrador do Banco Privado Português (BPP) e antigo número 2 de João Rendeiro foi detido, esta quinta-feira, no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, vindo do Brasil.
Segundo adiantou fonte policial à agência Lusa, Paulo Guichard está detido no estabelecimento prisional de Custóias, tendo para cumprir a pena de prisão de quatro anos e oito meses.
A mesma fonte acrescentou que, estando detido para cumprimento daquela pena, fica sem efeito a deslocação do ex-administrador do BPP, esta sexta-feira, ao juízo central criminal de Lisboa para reavaliação das medidas de coação.
Em comunicado, a Polícia Judiciária (PJ) indica que através da Unidade de Informação Criminal executou um mandado de detenção para cumprimento de pena.
A PJ precisa que o detido, com 61 anos, de nacionalidade portuguesa, foi condenado a uma pena única de quatro anos e oito meses de prisão efetiva pela prática de seis crimes de falsidade informática e um crime de falsificação de boletins, atas ou documentos.
Em declarações ao jornal online Observador, o seu advogado, Nuno Brandão, afirmou que já foi apresentado um pedido de habeas corpus no Supremo Tribunal de Justiça, considerando que a prisão do seu cliente é ilegal.
O advogado explicou que em causa está o facto de estar pendente uma reclamação para o Tribunal Constitucional relativa à não admissão de um segundo recurso de inconstitucionalidade que a defesa tentou interpor no Tribunal da Relação de Lisboa.
O Supremo Tribunal de Justiça tem agora o prazo máximo de oito dias para decidir o habeas corpus apresentado, refere o jornal digital.
Paulo Guichard, ex-braço direito de João Rendeiro, que se encontra atualmente em fuga para não cumprir a pena de prisão a que foi condenado, vivia há vários anos no Rio de janeiro, no Brasil.
O ex-administrador do BPP tinha garantido que iria regressar a território português para comparecer perante a Justiça portuguesa.
ZAP // Lusa
