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Patrões apoiam desconto fiscal de António Costa

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José Sena Goulão / Lusa

O primeiro-ministro António Costa

São muitos os que estão contra o desconto fiscal de António Costa, mas o primeiro-ministro tem também vários aliados. Indústria, Comércio e Turismo apoiam o desconto de 50% no IRS para quem regresse a Portugal.

O desconto de 50% para antigos residentes em Portugal que queiram regressar ao país não convenceu a maioria dos emigrantes, mas reuniu o apoio de três dos quatros representantes patronais.

O Governo anunciou recentemente  intenção de dar um desconto fiscal a quem tenha residido em Portugal entre 2011 e 2015, mas queira regressar nos próximos dois anos. Apesar de contar com alguns aliados, a proposta de António Costa tem sido alvo de várias críticas e pode, ainda, vir a ser melhorada.

O Jornal de Negócios falou com os presidentes da CIP, da CCP, da CTP e da CAP, e só o presidente desta última, Eduardo Oliveira e Sousa, que representa o setor da agricultura, se mostrou contra a medida. Para o presidente da CAP, o desconto que o Governo está a preparar não passa e “pura campanha eleitoral“.

Por sua vez, João Vieira Lopes, presidente da CCP, afirma que este tipo de medidas são positivas, acrescentando ainda que “os custos são proporcionais à sua eficácia“. António Saraiva, líder da CIP, elogiou também a medida dado que o país tem “uma enorme necessidade de mão de obra qualificada”.

“Quando há falta de mão-de-obra, qualificada e não qualificada, uma medida que promova o regresso de quadros é bem-vinda“, concordou Francisco Calheiros, presidente da CTP.

Mas a medida não convenceu Eduardo Oliveira e Sousa, que considera a medida “um paliativo para uma situação crónica”. “Pode cativar meia dúzia de pessoas, mas não é com esta medida que as pessoas regressam”, acrescentou o representante patronal.

ZAP //

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4 Comments

  1. Nao podia deixar de ser os patrões a aguçarem os dentes para pagarem ordenados de miséria a quem com muita coragem saiu desse país. Se pagassem em condições, nao teríamos saído. Agora torçam as orelhas. Comigo são dezenas k ja temos os nossos amigos fora. Essas migalhas só para estúpidos. Quem irá na conversa. Ordenados sete e mais vezes acima dos mil que aí pagavam. Saúde, protecção à natalidade e um inumero de regalias que não estavamos habituados e não queremos PERDER. Adios

  2. Se os patrões estão com dificuldade em arranjar mão de obra qualificada devem deixar o mercado auto regular-se pagando salários atrativos para os imigrantes regressarem e não estar à espera que seja o estado a contribuir para os seus rendimentos.

  3. Os patronatos querem é mão de obra baratinha para continuarem os lucros brutais das grande empresas fascistas. Esquecem-se que os emigrantes estão melhores onde estão e dificilmente virão para este país de corruptos, enriquecerem ainda mais quem já é rico.

  4. Tudo isto é ridículo sem no entanto não surpreender tendo em conta os políticos que temos e a mentalidade que tem orientado este país, daí talvez os apoios dos patrões, dividir portugueses mais ainda quando a solução passa apenas por melhor salário para todos, menos burocracia e mais apoios sociais é assim que os países desenvolvidos atraem emigrantes e chegaram a mais desenvolvimento, com artimanhas de Chico-esperto não me parece caçarem ninguém na ratoeira e a caça fica ainda mais desconfiada. Os impostos estão altos para todos, por isso há que procurar uma boa e competente gestão pública para que o dinheiro seja bem gerido e que com menos se faça mais e assim aliviar a carga aos portugueses.

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