Passos Coelho “gostaria de voltar a ser primeiro-ministro”, diz Marques Mendes

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PSD / Flickr

Luis Marques Mendes

No seu habitual espaço de comentário na SIC, Marques Mendes garantiu que Pedro Passos Coelho continua a ter peso político e acredita que o ex-governante quer voltar a ser primeiro-ministro.

No habitual espaço semanal na SIC, Luís Marques Mendes garantiu que Passos Coelho “pode um dia voltar a ser líder do PSD e até primeiro-ministro e pode ser candidato presidencial. Depende da vontade dele e das circunstâncias políticas”.

De acordo com o comentador, cabe agora ao PSD dar a Passos Coelho, no congresso que começa esta sexta-feira e termina no próximo domingo, “a homenagem que ele merece”.

“Não foi um bom líder da oposição, mas foi um bom Primeiro-Ministro, determinado e corajoso, tirou o país da bancarrota e com isso fez história”. No futuro, frisa o ex-líder do PSD, tem muitas possibilidades porque “é novo, tem currículo, muitas competências e experiência”.

O comentador da SIC avisou ainda que os “saudosistas” de Passos não vão facilitar a vida a Rui Rio. Marques Mendes considerou o congresso do partido “muito importante” e aconselhou o atual líder a “marcar a agenda com objetivos e prioridades”. O comentador afirmou que “Rui Rio tem dificuldades sérias em se afirmar”.

Segundo o Jornal Económico, o ex-líder dos sociais-democratas apontou o dedo à sua falta de iniciativa, mas elogiou o seu “efeito novidade”, a “ideia de fazer pactos de regime” que defende que Rui Rio é “bom”.

Tem o efeito Cavaco a favor dele, Rui Rio é semelhante a Cavaco Silva, apesar da diferença dos tempos”, considerou o comentador, realçando a imagem de autoridade e o “discurso com algum populismo” que ambos partilham.

“Mudança da lei laboral não é uma prioridade”

“O que me parece é que a mudança nas leis laborais não devia neste momento ser uma prioridade”, referiu ainda Marques Mendes, justificando com os números do desemprego que tem vindo a cair apesar da atual legislação laboral.

Para Marques Mendes as prioridades deveriam ser outras: “investir nas qualificações” porque “precisamos de emprego qualificado”, “fomentar o investimento dado que temos de crescer mais e, em terceiro, apoiar a recapitalização das empresas”.

“Devíamos estar a crescer acima de 3%, estamos abaixo desse crescimento. Devíamos estar a convergir com a zona euro, mas vamos crescer menos que a Europa neste ano e no próximo. Devíamos estar a reduzir mais a dívida pública que é um dos nossos calcanhar de Aquiles. Temos ainda um défice de competitividade”, disse.

ZAP //

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