Mário Soares, mulheres, Suécia: os ataques e apelos dos partidos perto do fim da campanha

José Coelho / Lusa

Mariana Mortágua em campanha do BE

PS e AD quase se cruzaram no Porto, Chega queixa-se de ataque a caravana, Livre salienta a “diferença de tom”.

A campanha eleitoral está a chegar ao fim e os grandes partidos chegam aos grandes centros urbanos.

PS e AD quase se cruzaram no Porto, nesta quinta-feira. Aliás, Luís Montenegro esperou um pouco para não se cruzar com Pedro Nuno Santos na famosa Rua Santa Catarina.

Pedro Nuno escapou à previsão de chuva forte e quis, não só animar os habituais apoiantes do PS, mas também convencer os indecisos. Falou numa “maioria invisível” de eleitores que, acredita, vão votar no PS.

“Temos de garantir que esses eleitores vão votar no domingo”, comentou, sublinhando mais tarde a importância das mulheres, que “não são nota de rodapé ou acessórios” para o PS.

Poucos minutos depois, no mesmo sítio, Montenegro sentiu-se animado com esta acção de campanha e estava confiante na vitória no domingo. E acredita numa abstenção baixa: “Eu sei, eu sinto que este movimento de mudança vai ser mobilizador também para a participação”. Para Nuno Melo, esta foi a sua maior arruada de sempre em Santa Catarina.

O Chega esteve em Portimão mas o foco esteve nas Caldas da Rainha. O partido alega que uma caravana sua foi atacada nas Caldas da Rainha e vai apresentar queixa. São “bandidos”, segundo André Ventura, que relatou que houve agressões e danos em viaturas do partido.

Ventura trouxe Mário Soares para a campanha, ao falar sobre os retornados: “Fizeram o filme Soares é fixe, mas devia-se chamar Soares é responsável por uma desgraça humana enorme que se abateu sobre o país”.

Voltando ao Porto, onde também esteve a IL, Rui Rocha apelou: “Estamos a chegar à recta final onde os portugueses tomam a dianteira e decidem que país querem ter”. Teve um momento curioso: uma militante do PSD abraçou o líder liberal e pediu que a IL se junte à AD para “poder mudar Portugal”.

Na véspera do Dia Internacional da Mulher, Mariana Mortágua virou-se para as mulheres. A coordenadora nacional do BE disse em Braga que “o voto de cada mulher vale tanto como qualquer outro e é uma barreira contra a direita e a extrema-direita”. E acredita que as sondagens, que dão maioria à direita, vão errar novamente.

A CDU preferiu a capital. Paulo Raimundo admitiu em Lisboa, na famosa Rua do Carmo, que há desacordo em alguns aspectos: “É preciso que reconheçam que não há avanço sem a CDU, não há política de esquerda sem mais CDU. E sabendo alguns deles que podem não estar de acordo com tudo connosco, também sabemos aquilo que nos une — os nossos objetivos, a luta por uma vida melhor e pela consagração dos valores de Abri”.

Inês de Sousa Real comentou a oficialização da Suécia como membro da NATO: “É natural que este projecto de segurança da NATO acabe de alguma forma ter de ser robustecido”. Em Lisboa, a líder do PAN também falou sobre as mulheres, acusando PS e PSD de “defraudar” as mulheres em Portugal.

Numa viagem num cacilheiro, Rui Tavares anunciou que o Livre quer incluir no passe nacional as viagens nos transportes fluviais. Sobrou um recado para os indecisos: “Preenchemos a maior parte dos valores que preocupa as pessoas”, sublinhando a “maturidade” e a “diferença de tom” do Livre em relação aos outros partidos.

Nuno Teixeira da Silva, ZAP //

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