Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica, já não é dono do “palheiro” que foi entregue como aval pessoal no âmbito de empréstimos concedidos pelo Novo Banco. O dirigente vendeu o imóvel à Câmara de Vila Franca de Xira, em 2016.
O famigerado “palheiro” esteve em destaque na audição de Vieira no Parlamento, na Comissão de Inquérito em torno dos grandes devedores do Novo Banco.
Foi a deputada Mariana Mortágua, do Bloco de Esquerda, quem questionou o líder do Benfica sobre se esse seria o único património que teria para cobrir as dívidas que o seu grupo imobiliário, a Promovalor, deixou na instituição financeira.
O Correio da Manhã (CM) revela agora que o tal “palheiro” já não existe e que o terreno onde se situava, em Alverca, foi transformado num jardim público.
A Câmara Municipal de Vila Franca de Xira adquiriu a propriedade com o imóvel em 2016, por cinco mil euros, segundo o mesmo jornal.
O imóvel com 620 metros quadrados foi vendido a um preço de “8,06 euros o metro quadrado”, de acordo com o diário.
Fonte da autarquia revela ao CM que o preço de venda é “adequado e justo em função da concreta finalidade do terreno, destinado à construção de um jardim público”.
A aquisição do terreno foi feita no âmbito de obras de reabilitação numa zona de Alverca.
“Por lapso funcional dos serviços, que não cuidaram de identificar correctamente o estatuto jurídico do terreno em causa, uma das zonas públicas verdes foi implantada no terreno privado em apreço, que era, ao tempo, propriedade privada do senhor Luís Filipe Vieira, mas que os serviços municipais consideraram tratar-se de um terreno baldio, susceptível de poder acolher a construção da mencionada zona verde”, destaca fonte da autarquia ao CM.
Assim, Vieira terá resolvido vender o terreno à autárquia pelo preço simbólico de 5 mil euros.