As autoridades autorizaram os pais estrangeiros a irem buscar os seus bebés, nascidos de barrigas de aluguer, que estão retidos no país do leste europeu devido à pandemia de covid-19.
Com a pandemia de covid-19, a grande maioria dos países impôs controlos fronteiriços, o que fez com que vários recém-nascidos, nascidos de barrigas de aluguer, ficassem retidos na Ucrânia, sem que os pais os conseguissem ir buscar.
Lyudmila Denisova, provedora de direitos humanos do Parlamento ucraniano, pediu às autoridades uma solução para as crianças, que têm sido cuidadas pelos funcionários das clínicas de reprodução assistida. Na quarta-feira, Denisova anunciou a chegada de 31 casais, que viram os seus filhos pela primeira vez.
“É um dia especial. Todos os órgãos do Governo reagiram rapidamente e ajudaram. Já conheci um casal espanhol, cuja filha nasceu há cinco semanas”, contou a provedora no Facebook.
Segundo a Time, 125 recém-nascidos aguardavam a chegada dos pais, vindos do estrangeiro. Denisova adiantou que mais 88 famílias receberam permissão de entrada e chegarão à Ucrânia nas próximas semanas.
O caso tornou-se público quando a Biotexcom, uma das maiores clínicas do país a nível de reprodução assistida e gestação de substituição, publicou nas redes sociais imagens dos berços alinhados de dezenas de bebés, divididos em dois quartos do hotel em Kiev, onde habitualmente ficam os clientes que recorrem aos serviços da clínica.
O objetivo era tranquilizar os pais, mostrando-lhes que as crianças estavam ao cuidado de enfermeiras até que eles os pudessem ir buscar.
A gestação de substituição é legal na Ucrânia e o negócio está em crescimento, com clientes provenientes de todo o mundo. Normalmente, estão em causa casais que não conseguem ter filhos e pagam cerca de 40 mil euros para que uma mulher lhes carregue o bebé durante nove meses.
A Ucrânia é um dos poucos países que permite que estrangeiros recorram aos serviços de clínicas especializadas.
