Os ultra-ricos da Rússia viram a sua riqueza aumentar ao longo do último ano, apesar das severas sanções ocidentais contra Moscovo devido à invasão da Ucrânia.
Segundo a edição de 2023 da lista de Bilionários do Mundo da Forbes, publicada na passada quarta-feira, os super-ricos bilionários russos estão ainda mais ricos.
A riqueza geral dos bilionários russos subiu de 353 mil milhões de dólares em 2022 para 505 mil milhões este ano, com um aumento médio por bilionário de 600 milhões.
Ao mesmo tempo, o número de russos super-ricos, com uma fortuna superior a mil milhões de dólares, subiu para 110 pessoas, um aumento de 22 indivíduos em comparação com a lista do ano passado.
Este número poderia ter sido ainda maior se cinco bilionários não tivessem renunciado à sua cidadania russa no ano passado, de acordo com a Forbes.
O aumento do número de russos super-ricos parece desafiar as sucessivas sanções ocidentais e ser imune às perturbações na economia russa, que encolheu 2,1% no ano passado.
O russo mais rico, segundo a Forbes, foi Andrey Melnichenko, fundador e ex-beneficiário da produtora de fertilizantes EuroChem Group e da empresa de energia a carvão SUEK.
Ajudado pelos preços mais altos dos fertilizantes impulsionados pela guerra na Ucrânia, a fortuna de Melnichenko está agora estimada mais 7,3 mil milhões do que antes da invasão russa, segundo a Forbes.
Em segundo lugar encontra-se o magnata do níquel e da banca Vladimir Potantin, cuja fortuna recuperou para 23,7 mil milhões de dólares, depois de ter cair 9,7 mil milhões o ano passado.
Vladimir Lisin, que lidera o NLMK Group, um dos principais fabricantes russos de produtos de aço, ficou em terceiro lugar com $22,1 mil milhões.
Os preços consistentemente altos das commodities em 2022, um factor-chave para as fortunas dos ultra-ricos da Rússia, poderá tê-los ajudado a manter — e aumentar — a sua riqueza.
Segundo a Forbes, “os resultados do ano passado também foram influenciados por previsões apocalípticas sobre a economia russa” — uma razão surpreendente para o aumento das fortunas dos mais ricos da Rússia, numa lista compilada imediatamente após a invasão da Ucrânia e num contexto de pânico dos mercado, corrida à moeda russa e previsões sombrias sobre a economia do país.
Entre os 110 russos na lista de Bilionários do Mundo de 2023, 46 estão actualmente sancionados pelos Estados Unidos, Reino Unido e União Europeia.
Ai estão as Sanções a Funcionar na Perfeição, já o tinha dito anteriormente que as Sanções tinha sido um tiro no Pé dos Europeus
Estás totalmente errado…uma vez mais. Atualmente, para que possa haver acordo dos cereais, a Rússia está a exigir a reentrada no sistema de pagamentos internacionais assim como o fim de outras sanções económicas. A Rússia está a entrar numa situação caótica do ponto de vista económico. Aguentou em 2022 porque tinha reservas mas, 2023 será muito complicado. Nas suas principais exportações (petróleo e gás) recebe agora menos de metade do que a UE pagava (China e Índia estão a aproveitar-se bem). E ainda por cima , o custo de entrega destes bens é incomensuravelmente maior do que era. 2023 está a ser muito difícil para a Rússia. Não é à toa que em todos os discursos russos, se fala quase sempre nas sanções e no nuclear. O desespero reina por lá. De resto, o próprio Putin já disse publicamente que as sanções estão a ter impacto, como forma de preparar o povo para os tempos difíceis que já se vivem e que ainda serão agravados no decurso do presente ano.
Assim se vê que a guerra não é um bom negócio só para os vendedores de armas. Para o povo é que nem por isso…