O líder que não ajuda a Ucrânia está em Kiev

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GRIGORY SYSOEV ; SPUTNIK ; KREMLIN POOL/ Lusa

O primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, com o presidente russo, Vladimir Putin

Viktor Orbán nunca tinha ido à Ucrânia desde o início da “operação militar especial”. Hungria lidera Conselho da União Europeia.

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, realiza nesta terça-feira a primeira visita à Ucrânia após a invasão da Rússia, apesar das ligações entre Budapeste e Moscovo e a oposição sobre a ajuda a Kiev.

O dirigente nacionalista húngaro “chegou a Kiev para encontros com o Presidente ucraniano, Volodimyr Zelensky”, disse Bertaland Havasi do gabinete de imprensa de Orbán, citado pela agência de notícias MTI.

O objetivo, frisou Havasi, é discutir “a possibilidade de se alcançar a paz”, acrescentou.

A Hungria assume neste momento a presidência rotativa do Conselho da União Europeia – durante seis meses – sendo que Viktor Orbán destaca-se dos outros líderes ocidentais sobre a guerra na Ucrânia.

O primeiro-ministro húngaro tem bloqueado regularmente a ajuda militar à Ucrânia e continua a apelar a um cessar-fogo.

No início do ano, o chefe do executivo da Hungria chegou a vetar um pacote de ajuda financeira à Ucrânia de 50 mil milhões de euros, que acabou por ser aprovado após fortes críticas de Kiev.

O líder eurocético húngaro, no poder sem interrupções desde 2010, também se opôs a qualquer discussão sobre a adesão da Ucrânia à União Europeia (UE), considerando que o país “não está preparado”.

Na cimeira de líderes da UE, em dezembro de 2023, concordou finalmente em abandonar o assunto, enquanto os seus 26 homólogos decidiram abrir negociações de adesão com Kiev.

Na segunda-feira, o Presidente da Ucrânia felicitou a Hungria pelo início da Presidência da UE e disse esperar que o país promova “valores, objetivos e interesses europeus comuns”.

Viktor Orbán mantém-se próximo da Rússia e do Presidente Vladimir Putin, com quem o Ocidente cortou relações desde o início da guerra na Ucrânia em 2022.

A Rússia continua a ser uma fonte importante das necessidades energéticas da Hungria.

O líder húngaro também desaprova as sanções europeias votadas contra a Rússia e está a tentar atenuá-las, sem no entanto as bloquear totalmente.

Viktor Orbán descreveu várias vezes a invasão russa da Ucrânia de 2022 como uma “operação militar”, utilizando a expressão imposta pela Presidência russa tendo-se reunido com Vladimir Putin em Pequim, em outubro de 2023, para discutir temas relacionados com a cooperação energética.

// Lusa

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3 Comments

  1. Eu também não enviava mais um único cêntimo à Ucrânia. Pesquisem um pouco e vejam o carro que o Zelensky comprou à mulher, e o quanto ele custou. Andamos a enterrar dinheiro, e sobretudo, a perder vidas, para encher os bolsos a um comediante.

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