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Elon Musk e Donald Trump
Descontentamento com o sistema bipartidário parece ser geral – mas um movimento associado a Musk não deve vingar na política norte-americana.
Elon Musk parecia o melhor amigo de Donald Trump mas afastou-se do presidente dos EUA, aparentemente transformou-se num rival – e já anunciou que vai criar o Partido da América.
Já se passou mais de um mês desde que esse anúncio foi feito, e ainda não são conhecidas novidades, as necessárias formalidades. Nem se sabe qual será o foco do Partido da América.
Mas já se percebeu que, embora muitos eleitores dos EUA estejam abertos a apoiar um terceiro partido político (alternativa aos “eternos” Partido Democrata e Partido Republicano), o entusiasmo cai drasticamente quando esse novo partido é associado a Elon Musk.
Três sondagens nacionais realizadas em julho apresentaram resultados consistentes.
Segundo a sondagem da YouGov, 45% dos inquiridos acreditam que é necessário um terceiro partido, mas apenas 11% considerariam aderir a um partido fundado por Musk.
O inquérito da Universidade de Quinnipiac revelou números semelhantes: 49% favoráveis ao conceito, mas apenas 17% dispostos a apoiar o Partido da América.
A sondagem da CNN mostrou outra escala: 63% a favor de um terceiro partido em geral, contra apenas 25% quando a participação de Musk era mencionada.
Os eleitores independentes parecem ser responsáveis por grande parte desta resistência.
Como resume o Business Insider, os norte-americanos estão famintos por um terceiro partido — mas não um criado por Elon Musk.
E não é fácil ser um “intruso” no sistema político dos EUA. Olhando para o The Conversation: os planos de Elon Musk para criar um partido político serão provavelmente prejudicados por um sistema político dos EUA hostil a novas vozes.