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No primeiro semestre deste ano, reformaram-se quase 11 mil funcionários públicos. Há 10 anos que não se atingia este patamar.
Só no primeiro semestre deste ano, registaram-se 10.809 novas reformas de velhice ou invalidez na Caixa Geral de Aposentações (CGA).
É uma subida de 11,3% comparando com o período entre Janeiro de Junho do ano passado – e é um número que não se via desde os tempos finais da troika, destaca o Jornal de Negócios.
Os números actualizados da Entidade Orçamental, divulgados no final de Julho, revelam que este número superior a 10 mil novos reformados na função pública, num só semestre, tinham acontecido pela última vez em 2015.
Recorde-se que, naquela altura, com cortes nos salários e nas pensões e com regras diferentes no cálculo das pensões, houve um aumento histórico de reformados: só em 2014 houve mais de 23 mil pedidos de aposentação na função pública.
Depois houve uma queda, mas ao longo dos últimos anos a tendência tem sido de crescimento.
Agora, a Caixa Geral de Aposentações regista mais de 665 mil pensionistas e perto de 358 mil subscritores. Em média, um antigo funcionário público recebe uma reforma de 1.400 euros por mês.
A idade actual da reforma em Portugal é de 66 anos e sete meses. No próximo ano vai subir ligeiramente, para 66 anos e nove meses.
A CGA é o regime de protecção dos funcionários públicos, mas está fechado desde 2006 – a partir desse ano, os novos trabalhadores do Estado passaram a estar inscritos na Segurança Social.