Mário Leite da Silva, braço-direito da empresária angolana Isabel dos Santos, revelou que a OPA sobre da Terra Peregrin sobre a Portugal Telecom poderá cair, caso a PT Portugal seja vendida pela Oi.
Esta situação pode acontecer caso a CMVM recuse a dispensa de obrigação de lançar uma segunda oferta para o negócio. A revelação foi feita pelo administrador da Terra Peregrin num encontro com a comunicação social, durante esta quinta-feira.
A empresária angolana não estará disponível para elevar o preço da oferta sobre a PT SGPS, que era de 1,35 euros por acção da empresa. Mário Leite da Silva é peremptório: “não estamos, neste momento, disponíveis para mexer no preço”. Caso a CMVM respeite o código, teria de existir um aumento substancial do preço oferecido por cada acção.
Atualmente, o preço oferecido pela Terra Peregrin é inferior à cotação de bolsa da PT Portugal.
Uma das condições da OPA de Isabel dos Santos sobre a SGPS era que a PT Portugal estivesse incluída na PT SGPS. Caso a empresa seja mesmo vendida pela Oi – sendo que a proposta que se destaca, neste momento, pertence aos franceses da Altice -, a OPA pode cair por terra.
A empresária angolana tem em vista a criação de um projeto de telecomunicações com países lusófonos, com presença em Portugal, Brasil e África. Um dos objetivos é adquirir uma participação mínima na brasileira Oi, que fará da empresária angolana uma das accionistas com maior importância na empresa.
A administração da PT SGPS ainda está dentro do limite de oito dias úteis para se pronunciar quanto à oferta.
Fusão PT-Oi
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