Revolução em Espinho: de 3 em 3 dias, uma obra fica embargada

Dario / Wikipedia

Câmara Municipal de Espinho

Nova presidente da Câmara de Espinho, sucessora do polémico Miguel Reis, tenta recuperar a credibilidade da autarquia.

Miguel Reis deixou de ser presidente da Câmara Municipal de Espinho no início deste ano, depois de ser de ter sido detido, acusado de corrupção. Está em prisão preventiva.

A sua sucessora é Maria Manuel Cruz. Nasceu precisamente em Espinho há 63 anos, é professora e era a número 3 nas listas do PS nas últimas eleições autárquicas, em 2021.

Na Câmara de Espinho era a vereadores de Educação, Cultura, Ambiente e Modernização Administrativa.

Passou a ser presidente porque o número dois e vice-presidente, Álvaro Monteiro, também renunciou porque deixou de conseguir conciliar a carreira de político com a sua actividade profissional (é médico).

A nova presidente tenta agora recuperar a credibilidade da autarquia, claramente abalada nos últimos dois meses, sobretudo por causa das acusações de diversos crimes económicos cometidos no licenciamento de obras.

No Jornal de Notícias, Maria Manuel Cruz admite que é preciso realizar um “trabalho duro de limpeza” nesse contexto.

A nova líder da Câmara só assumiu o cargo há cerca de um mês e meio e já embargou 15 obras. Média de uma obra embargada de três em três dias. E metade do total de embargos realizados em todo o ano passado.

“Quem me conhece sabe que sou uma mulher de luta, de convicções fortes e resiliente. Agora o foco passa por blindar e garantir a integridade da instituição, repondo o bom nome da autarquia e restabelecendo a confiança na Câmara Municipal”, declarou.

São precisas “acções concretas, uma postura de integridade e uma gestão rigorosa, transparente e dialogante”.

“Há um trabalho duro de limpeza, clarificação e regularização que é preciso ser feito e eu estou disponível para o fazer, independentemente de ser popular ou não. É isso que faremos e é com isso que os cidadãos podem contar”, acrescentou.

Foi anunciada uma auditoria à Câmara Municipal de Espinho, pela própria presidente, que vai “até às últimas consequências”. Segue-se também “uma revisão interna de todos os processos que foram noticiados”.

ZAP //

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