O United está tão mal que pôs os funcionários a pão e sopa (Ronaldo bem avisou)

André Zahn / Wikimedia

Old Trafford, estádio do Manchester United

O Manchester United proibiu os funcionários de almoçarem na cantina do clube, para poupar dinheiro. Ruben Amorim reconhece que faz parte de um problema, para o qual Cristiano Ronaldo já tinha alertado no final de 2022.

Quando se pensa que o estado do Manchester United não pode piorar, aparece algo que capaz de nos surpreender ainda mais. Agora, fechou a cantina para os funcionários.

O histórico do futebol inglês e mundial nunca conseguiu superar a saída de Sir Alex Ferguson em 2013.

Desde então, mais do que desportivamente, o clube vem dando sucessivos passos em falso na sua gestão – o que os está a deixar financeiramente de rastos.

A contratação de Ruben Amorim parece estar a ser um exemplo de uma dessas apostas mal sucedidas.

Quando o treinador português pegou no Manchester United, à 12.ª jornada da Liga Inglesa, a equipa estava em 13.º lugar. Agora, 15 jornadas depois, o clube está em 15.º. Na Premier League, Amorim leva 8 derrotas, 3 empates e apenas 4 vitórias.

Em Inglaterra já se fazem contas ao despedimento do ex-treinador do Sporting. O The Sun revelou, esta quarta-feira, que uma eventual saída de Rúben Amorim este verão custaria aos cerca de 14,5 milhões de euros aos cofres do clube.

Caso cumpra o contrato até ao fim, Amorim vai custar 24 milhões de euros aos Red Devills. São contas que, certamente, estarão a tirar sono ao proprietário do clube.

Mas, por enquanto, é Jim Ratcliffe quem tira a comida (não a Amorim, mas sim aos funcionários), precisamente, para aliviar as contas. Só vai restar água, pão, sopa e fruta.

Os funcionários do Centro de Treinos de Carrington vão deixar de ter acesso à cantina onde costumavam fazer as refeições. Almoços grátis só para os jogadores. Para o ‘resto’, há pão e sopa. Para os que trabalham em Old Trafford há fruta.

Em comunicado, o Manchester United justificou este “plano de transformação” com os prejuízos financeiros que rondam os 400 milhões de euros. Tudo somado, o clube conta poupar à volta de um milhão de euros com estas mudanças.

Além do encerramento da cantina, aquele que é, há pouco menos de um ano, o dono do Manchester United deverá cortar até 200 empregos, repetindo a dose do ano passado, que custou a emprego a outros 200 funcionários.

Amorim reconhece que faz parte do problema

Os cortes irão afetar apenas os funcionários e não jogadores e equipa técnica. Vistas as coisas por esse prisma, Amorim reconhece que tem culpa.

“É difícil para toda a gente, ver os amigos e colegas a perder o emprego. Há pessoas a perder o trabalho e o problema é a equipa de futebol. Nós somos o motor do clube. Gastamos dinheiro e não estamos a ganhar, também não estamos na Liga dos Campeões e então as receitas não são as mesmas”, reconheceu Amorim.

Quase um ano depois de Jim Ratcliffe assumir o controlo do clube, o Manchester United vê a sua crise cada vez mais agravada.

Ronaldo tinha avisado

Parece que Cristiano Ronaldo tinha razão. O clube ficou mesmo para trás.

No final de 2022, numa entrevista a Piers Morgan que culminou na sua saída do Manchester United, Ronaldo fez duras críticas ao clube que representava (à data).

A falta de melhorias nas instalações e de avanços tecnológicos foram uns dos principais defeitos encontrados pelo avançado.

Não vejo evolução no clube desde que saiu Alex Ferguson, a progressão é zero. (…) O ginásio, a piscina… estão parados no tempo, o que me surpreendeu bastante”, lamentou.

Miguel Esteves, ZAP //

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