O que aconteceu a Amelia Earhart? Novas provas podem ter finalmente desvendado mistério

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A lendária aviadora Amelia Earhart junto ao seu Lockheed Electra, 6 de junho 1937

O misterioso desaparecimento da lendária aviadora que desapareceu no Atlântico em 1937 poderá ter sido finalmente desvendado.

Passaram quase 90 anos desde o misterioso desaparecimento de Amelia Earhart, a pioneira aviadora que se tornou a primeira mulher a voar sozinha através do Atlântico.

Earhart e o seu navegador, Fred Noonan, desapareceram sem deixar rasto em 1937 sobre o Oceano Pacífico, enquanto tentavam fazer a circum-navegação do globo.

Apesar das buscas extensivas, nem os seus corpos nem a sua aeronave foram alguma vez recuperados.

Earhart foi oficialmente declarada morta em 1939, mas especulações e teorias da conspiração sobre o seu destino persistiram durante décadas.

A descoberta de um conjunto de ossos humanos na ilha de Nikumaroro, em pleno Oceano Pacífico, que correspondia à morfologia de uma mulher com características semelhantes às de Earhart, fez com que os cientistas concentrassem os esforços de investigação naquele local.

No ano passado, parecia estar iminente uma descoberta importante, quando um painel de alumínio deu à costa na Ilha, local frequentemente citado em teorias sobre o desaparecimento de Earhart.

No entanto, o entusiasmo inicial foi refreado, pois análises subsequentes confirmaram que o painel pertencia a uma aeronave da II Guerra Mundial, e não ao avião de Earhart.

Um desenvolvimento recente, no entanto, reacendeu as esperanças de encontrar respostas — e de resolver finalmente o mistério.

Especialistas forenses estão neste momento a examinar uma imagem subaquática captada próximo da Ilha Nikumaroro, que se acredita ser de uma peça de motor.

Ric Gillespie, diretor executivo do Grupo Internacional para a Recuperação de Aeronaves Históricas (TIGHAR), revelou que a foto, tirada durante uma expedição em 2009, apenas recentemente foi analisada.

“Há um objeto na foto que parece ser uma cobertura de motor de um Lockheed Electra”, disse Gillespie ao Daily Mail.

Craig Cook

Imagem subaquática captada perto da Ilha Nikumaroro, que se acredita mostrar uma peça de motor

Embora não seja ainda certo se o objeto faz realmente parte do Lockheed Electra de Earhart, a descoberta adiciona mais informação à investigação em curso.

A localização exata do objeto não foi registada na altura em que a foto foi tirada, o que complica os esforços para regressar ao local e realizar um exame mais aprofundado.

Mesmo que se confirme que a peça é uma parte do avião de Earhart, a descoberta aponta o local onde se encontram os restos da aeronave — e provavelmente da aviadora — mas pode não resolver questões sobre o que aconteceu exatamente à aviadora e ao seu navegador.

O desaparecimento de Earhart e de Fred Noonan que a acompanhava na viagem, continua a ser um dos grandes mistérios dos séculos XX e XXI. Há imensas teorias, que vão desde problemas de comunicações entre o avião e o navio que o apoiava, falta de preparação dos tripulantes, ou que terá aterrado noutro local.

Uma das teorias mais populares defende que a lendária aviadora terá sido capturada pelos japoneses, no decorrer de uma missão de espionagem, e que acabou por morrer durante o período de detenção.

E há ainda quem acredite que Earhart poderá ter vivido secreta e calmamente em Nova Jersey, nos Estados Unidos — ou nas Filipinas.

Amelia Earhart foi a primeira mulher a voar sozinha acima dos 4.000 metros e a primeira a voar de costa a costa, sem paragens, nos EUA.

ZAP //

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