“Lisboa não está preparada para este evento”. É esta a opinião geral dos residentes de Lisboa, que se sentem obrigados a fugir à “confusão” instalada na capital.
A Jornada Mundial da Juventude (JMJ) arranca esta terça-feira e mais de um milhão de pessoas são esperadas nas imediações do Parque Eduardo VII para o evento que se prolonga até dia 6 de agosto.
No entanto, para quem vive na capital, a JMJ não é sinónimo de festa, mas sim de fuga apressada do “caos” que Lisboa vai viver durante esta semana. O objetivo é simples — estar em qualquer lado, menos Lisboa.
“O caos está instalado e ainda nem começou”, diz ao Público testemunha que vive e trabalha no Parque das Nações, que no sábado e domingo recebe as principais cerimónias da JMJ, no Parque Tejo. “Quando percebi a afluência que o evento ia ter, decidi sair”, disse.
“A JMJ é excelente, permite aos jovens a interação com várias culturas e comunidades e a partilha de uma experiência comum: a fé”, disse outra pessoa ao jornal, envolvida na comunidade paroquial de Nossa Senhora do Carmo, no Lumiar. Apesar da fé, viu-se obrigada, devido à “confusão”, a regressar a Setúbal durante os próximos dias. O investimento público no evento, a grandeza dos palcos e o retorno financeiro são outras das motivações que levam a lisboeta a abandonar a capital.
“Será que numa altura em que devíamos olhar mais para dentro, e se acreditarmos em Deus, na mensagem e vida de Jesus, precisávamos de um palco de quase três milhões de euros?”, questiona.
Outros habitantes de Lisboa, como Inês, francesa residente em Portugal há 30 anos, expressam o seu descontentamento com o financiamento de eventos religiosos por parte de um Estado alegadamente laico. O que vê é o turismo a fazer escalar os preços, afastando moradores e encerrando pequenos negócios.
“Dizem-nos que a JMJ vai alimentar a economia. Mentira. Na zona do Príncipe Real há lojas que vão fechar portas alguns dias porque os fornecedores não conseguem vir esta semana. Não me digam que é por razões económicas, porque não é.”
“Lisboa não está preparada”
Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, assegura que o investimento municipal no evento se mantém dentro do limite de 35 milhões de euros – dos quais 25 milhões são investimento na cidade e 10 milhões no evento.
Procurando fazer contas ao retorno económico, o autarca de Lisboa indicou que, se um milhão de jovens participar na JMJ, estiver na cidade sete ou oito dias e gastar 40 ou 50 euros por dia, resultará numa “quantia de 200 a 300 euros, no mínimo, que cada pessoa destas traz para Lisboa, multiplicado por um milhão, são 200, 300 ou 400 milhões” de euros. Mas nem todos estão de acordo.
“Lisboa não está preparada para este evento, nunca em Agosto. Nem estaria daqui a três anos, se hoje nem está preparada para quem cá vive e trabalha”, disse Nuno Maia, guia turístico, que crê que Lisboa não necessita de mais visibilidade.
Boa parte dos moradores da zona do Parque Eduardo VII, local que irá abrigar a JMJ, já manifestavam a intenção de escapar à confusão da capital desde junho.
“Isto vai ser caótico. O sentimento geral é que vamos todos embora daqui. Um ou dois dias antes. Não aguentamos”, afirmou a presidente da Associação de Moradores do Bairro do Alto do Parque, Luísa Cadaval de Sousa., lembrando uma “experiência traumática” que os moradores do Alto do Parque tiveram aquando da realização da final da Liga dos Campeões, que se jogou em 2014 (Real Madrid-Atlético de Madrid) no Estádio da Luz, em Lisboa, em que os moradores sofreram com problemas de “lixo, ruído, estacionamento e de falta de produtos de mercearia”.
Luísa Cadaval de Sousa queixou-se também da “falta de informação”, lamentando que nem a Junta de Freguesia, nem a Câmara Municipal de Lisboa tenham informado os moradores acerca dos constrangimentos previstos.
Jornada Mundial da Juventude - JMJ 2023
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Isto é tudo uma tonteria dos nossos dirigentes. Vejamos:
– os níveis de preço da habitação estão incomportáveis
– o governo toma medidas para reduzir o fenómeno do alojamento local, com consequências óbvias no número de turistas passíveis de serem acolhidos pelo país no futuro
– nas grandes cidades as pessoas já não podem nem ver os turistas.
Então o que é que se vai fazer? Ações para aumentar ainda mais o turismo com uma forte mediatização do país a nível internacional. Há aqui algo que não bate certo. Se a aposta for no turismo então não podem matar o alojamento local. Se a aposta for numa redução do turismo como forma de reduzir o preço médio da habitação então não se percebe a JMJ.
Desconheço qual a lógica de investimento num evento de uma pseudo-monarquia que devia arrumar a casa antes de apregoar a seja quem for, muito menos aos jovens.
Que tal tratar dos inúmeros casos de pedofilia e afins que assolam a pseudo-monarquia (vulgo Igreja) que estão em cima da mesa do Papa (que mais não é do que um pseudo-monarca) sem tomar qualquer ação?
Sim, sou católico; não obstante não reconheço qualquer autoridade a estes atores, muito menos em eventos para jovens: “colocar a casa em ordem primeiro”. – a fé está em todo o lado, e Deus é omnipresente, logo não preciso de um humano falho como eu e tantos de nós a “pseudo-pregar.”
Adoro pregar! Dá-me assim uma sensação como que de absor.. Não, de superioridade, que me dá imensa satisfação poucas vezes superada por outras coisas. Vou começar a organizar uma praxes académicas enquanto isto dura, à falta de melhor.
O Presidente Rui Rio deu uma lição de liderança e organização aquando da vinda do Papa Bento XVI – o último e verdadeiro Papa da Igreja Católica Romana (ICR) – a Portugal, nomeadamente à Invicta Cidade do Porto, numa recepção de bom-gosto, tradicional, e exemplar em todos os aspectos desde a segurança, logística, percurso, e local, passando pelas infra-estruturas.
A religião é mais uma forma de iludir os problemas do mundo.
Seguidores que não sabem o que seguem acreditam em crenças que não compreendem, apenas pelo desespero de pertencer a algo.
Pedofilia roubo e mentiras definem está religião que dava a escolher entre pertencer e morrer!
Num país que está podre e que voltou as costas ao povo está “festa” define bem o egoísmo de quem manda!
Um território perfeito regido por falsidade egoísmo e corrupção..o que diriam os nossos antepassados que deram a vida por este país?
Triste