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Número de novos casos volta a aumentar. Há mais 16 mortes e 533 casos em Portugal

António Cotrim / Lusa

Os dados divulgados no boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde esta quinta-feira revelam que Portugal regista 1.105 mortes relacionadas com a covid-19, mais 16 do que na quarta-feira, e 26.715 infetados (mais 533).

Portugal tem 26.715 casos confirmados de covid-19, um aumento de 533 casos, num acréscimo percentual correspondente a 2%. O número de mortes subiu de 1.089 para 1.105, mais 16 do que no dia anterior, o que fez descer ligeiramente a taxa de letalidade para 4,14% (4,16% na quarta-feira).

O número de casos recuperados passou para 2.258, mais 182 do que na quarta-feira, uma subida de 8,8%.

Depois de uma grande descida verificada na segunda-feira, o número de casos internados voltou a aumentar pelo terceiro dia consecutivo – mais 36 internados, uma subida de 4,3% num total de 874. Em relação ao número de pessoas internadas em Unidades de Cuidados Intensivos, houve uma diminuição de menos um caso em UCI, que passou de 136 para 135 (menos 0,7%).

No total registaram-se, até esta quinta-feira, 265.572 casos suspeitos, dos quais 236.191 não confirmados. Há ainda 2.666 casos a aguardar resultado laboratorial e 27.318 casos em contacto de vigilância.

Desde dia 1 de março foram realizados mais de 490 mil testes de diagnóstico em Portugal. Segundo António Lacerda, há, neste momento, 73 laboratórios a processar amostras no país (32 no SNS, 19 de grupos privados e 22 outros laboratórios, entre eles a Academia, o Exército e o Instituto Nacional de Investigação Agrária e Veterinária).

“O stock disponível de testes é de mais de um milhão, tendo já sido distribuídos” pelos laboratórios do Serviço Nacional de Saúde e pelas regiões autónomas “mais de 340 mil testes”, anunciou esta quarta-feira o secretário de Estado.

A região norte recebeu quase metade desses testes (45%), seguindo-se Lisboa a Vale do Tejo (33%), a região Centro (8%), 4,4% no Algarve e 1,5% no Alentejo, tendo os restantes testes sido enviados para os Açores e Madeira.

Na habitual conferência de imprensa desta quarta-feira, Graça Freitas referiu que a Direção-Geral da Saúde está a ponderar fazer testes retrospetivos para saber se já tinha havido casos de covid-19 no passado, antes de a doença ter sido formalmente identificada em Portugal.

“É uma questão muito complexa, mas está a ser ponderada de acordo com a informação publicada e das orientações da OMS. A DGS, com o seu grupo de especialistas, está a ponderar a questão”, confirmou a diretora-geral da Saúde.

Questionada sobre o facto de pessoas assintomáticas continuarem a ter resultados positivos nos testes, dois meses depois de terem sido infetadas, Graça Freitas esclareceu que essas pessoas podem não estar infecciosas e que a situação não é preocupante.

“Pode ter o significado de terem partículas de ARN do vírus [no sangue], não significando que têm a doença, nem que estão infecciosas. Isto de acordo com a informação científica à data. Há partículas do vírus que podem ficar no trato respiratório superior, mas não significa que têm a doença, nem que transmitem o vírus”, explicou.

Sobre o pedido da Fenprof para testar os professores no regresso às escolas, Graça Freitas disse que a DGS está a analisar essas situações. “Há uma política para testar em lares, sobretudo os trabalhadores, há para os estabelecimentos prisionais e para as creches. Estão a ser analisadas outras situações que requeiram o mesmo acompanhamento.”

O novo coronavírus já infetou mais 3,7 milhões de pessoas em todo o mundo, das quais morreram mais de 264 mil, segundo dados da Universidade Johns Hopkins. Mais de 1,2 milhões são considerados curados.

ZAP //

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