Há três novos casos de infeção pelo novo coronavírus (Covid-19) em Portugal, elevando para 28 o número total de casos já diagnosticados.
De acordo com a RTP, que avança a notícia na tarde deste domingo, estes três novos utentes estão internados no Hospital de Santo António, no Porto.
Ao todo, esta unidade hospitalar tem seis doentes internados.
No total, Portugal tem 28 casos até agora registados: 23 estão internados no Porto, estando os restantes na região de Lisboa.
Entretanto, o Centro Hospitalar Universitário Lisboa Norte e o Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto, instalaram este domingo tendas cedidas pela Cruz Vermelha Portuguesa e pelo INEM junto ao serviço de urgência para isolar casos suspeitos de infeção pelo coronavírus, segundo escreve o jornal Observador.
O Hospital de Santa Maria, em Lisboa, também terá uma destas estruturas cedidas pela Cruz Vermelha, revelou na sexta-feira o presidente da Cruz Vermelha Portuguesa, Francisco George, em declarações à TSF.
“Vão ser colocadas essas infraestruturas nos hospitais que possam requerer ambiente de isolamento específico para doentes suspeitos a fim de não estarem próximos dos doentes que procuram dos doentes que procuraram as urgências habitualmente“, afirmou.
O semanário Expresso noticia este domingo que o Hospital de São João pedir aos médicos para irem trabalhar além da escala que tinham definida para estes dias.
A unidade, que tem atualmente 17 doentes infetados com Covid-19 e várias outras sob observação, necessita de reforçar com urgência as equipas de assistência.
Marcelo suspende agenda por duas semanas
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, decidiu cancelar toda a sua agenda pública durante duas semanas depois de uma turma de uma escola Felgueiras, que foi encerrada na semana passada após um aluno ter sido diagnosticado com Covid-19, ter estado no Palácio de Belém, na passada terça-feira.
Numa nota publicada este domingo no site oficial, a Presidência frisa que nem a turma de que faz parte o aluno nem o próprio infetado estiveram em Belém. Trata-se de uma decisão tomada por precaução, não apresentando o Chefe de Estado quaisquer sintomas.
“Na noite passada, na sequência de ter sido internado um aluno de uma escola de Felgueiras, foi encerrada essa escola. Hoje, à tarde, foi apurado que uma turma dessa escola havia estado em Belém, na última terça-feira, no âmbito da iniciativa “Artistas no Palácio de Belém”, em sessão a que assistiu o Presidente da República, tendo, no final, tirado fotografias com os alunos e professores, sem, no entanto, os ter cumprimentado um a um”, pode ler-se numa nota este domingo publicada no site da Presidência.
Por estes mesmos motivos, Marcelo Rebelo de Sousa decidiu cancelar a sua agenda, incluindo as visitas ao estrangeiro, e ficar em isolamento voluntário por precaução.
“Atendendo ao que se sabe hoje e não se sabia na terça-feira passada, tendo ouvido as autoridades de saúde, o Presidente da República, apesar de não apresentar qualquer sintoma virótico, decidiu cancelar toda a sua atividade pública, que compreendia várias presenças com número elevado de portugueses, assim como a própria ida a Belém, durante as próximas duas semanas. O mesmo fará com deslocações previstas ao estrangeiro. Será monitorizado durante esse período em casa”.
“Entretanto, estão já em curso contactos com todos os que estiveram presentes na sessão de terça-feira e foi suspensa a iniciativa “Artistas no Palácio de Belém”, programada para durar até ao fim do ano letivo”, pode ler-se na mesma nota.
O Presidente entende que “deve dar exemplo reforçado de prevenção, sem embargo de continuar a trabalhar na sua residência particular.”
Coronavírus / Covid-19
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Em verdade, causa-me imensa estranheza o comportamento das pessoas diante da nova pandemia que assola o planeta.
Estive em Madrid na Espanha esta semana por obrigação profissional. Ali permaneci pelo menor tempo possível, apenas dois dias, considerando que optei por me deslocar por via terrestre no meu próprio carro, para evitar aglomerações em aeroporto, eis que vivo no Algarve, possibilitando esta escolha. Ali chegando me mantive o tempo todo no hotel, em meu quarto, tendo saído apenas para cumprir o compromisso de trabalho. Nas poucas ocasiões em que pude ver a vida da cidade, pude constatar a total despreocupação das pessoas. Todas vivendo alegremente, tudo que aquela maravilhosa cidade oferece. Bares e restaurantes cheios, lojas e supermercados muito cheios, não vi sequer uma pessoa higienizando a mão com álcool antes das refeiçoes. Isso sem falar no pessoal das estações de serviço. Esses sim pareciam viver em outro planeta.
Já estando em casa, tomamos a decisão de evitar aglomerações e contatos sociais desnecessários, fazendo com que não saiamos para locais públicos, ou seja, sem cinema, shopping e restaurantes.
Saindo apenas para o que for extremamente necessário. Moro em Olhão, pacata cidade Algarvia , onde o local de maior concentração de pessoas é a avenida 5 de Outubro, onde estão a maior parte dos bares e restaurantes, a marina, o mercado público e outras instalações de convivência.
Fiquei pasmo, é verdade que não temos ainda nenhum caso no Algarve, mas isto não quer dizer que podemos ser desleixados ou despreocupados.
Vi de tudo. Grupos de pessoas a passear, os barcos de transporte publico para as ilhas lotados, os bares e restaurantes idem. Pessoas comendo e pagando, funcionários recebendo e dando troco, e tudo sem higienização das mãos.
Ora, como se sabe o coronavírus é transmitido pelo contato humano, através das secreções. Então, só há uma esperança de debelar a peste que se espalha mundo afora, CONSCIÊNCIA, AÇÃO EFETIVA.
De nada vai adiantar se os governos fizerem esforço hercúleo , colocar tropas nas ruas para obrigar os retiros “voluntários”, montarem milhares de hospitais de campanha, se nós não fizermos a nossa parte.
AÇÃO EFETIVA, higienizar as mãos, higienizar roupas e utensílios, evitar contato social com as pessoas, dentre outras ações importantes. Sem isso, o vírus vai tomar conta. Vejam bem, enquanto escrevia este texto, a minha esposa me informou ter acontecido o primeiro caso do Algarve, um jovem em Portimão. Entendemos?
Se Marcelo ficasse de vez em casa era melhor para ele e também para o país.
Infelizmente é o presidente mais inútil que Portugal alguma vez já teve.
Mas agora tu já falas pelo país?
E logo alguém com claras limitações?
Menos!…
O pânico e medo fomentados por pessoas irracionais.