Novo administrador da Sonangol investigado por suspeitas de lavagem de dinheiro

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Luís Ferreira do Nascimento José Maria, um dos novos administradores da Sonangol, integra a lista de suspeitos investigados no âmbito do caso de desvio e  lavagem de dinheiro que envolve a companhia aérea da petrolífera angolana, a Sonair, e a TAP Air Portugal.

O Observador realça que Luís Ferreira José Maria, que integra a recém-eleita administração da Sonangol, no seguimento da exoneração de Isabel dos Santos, é suspeito do desvio de cerca de 2,5 milhões de euros. Os capitais do Grupo Sonangol terão sido “branqueados” através de uma offshore nas Ilhas Seychelles, detida pelo gestor em co-propriedade com a mulher.

Estes 2,5 milhões são uma pequena fatia do “bolo” global de 25 milhões de euros que terão sido desviados do Grupo Sonangol, no âmbito de um contrato fictício de prestação de serviços entre a Sonair e a TAP Portugal.

O caso investigado pela justiça portuguesa envolve ainda outras figuras angolanas, como o ex-presidente da Sonangol, Francisco José Lemos Maria, e Mirco Martins, enteado de Manuel Vicente, ex-vice-presidente de Angola e ex-presidente da Sonangol.

As autoridades portuguesas enviaram para Angola, em Agosto de 2017, uma carta rogatória no sentido de investigar estas figuras, incluindo Luís Ferreira José Maria, conforme avançou o jornal Público. Mas, neste momento, não se sabe em que ponto se encontra a investigação em Angola, afiança o Observador.

A publicação atesta, ainda, que Luís Ferreira José Maria incorre apenas no crime de abuso de poder, tal como as demais figuras angolanas implicadas no caso. Isto ocorre por via de uma amnistia, decretada em 2015 pelo ex-presidente de Angola, José Eduardo dos Santos, para os crimes de corrupção, fraude fiscal e branqueamento de capitais.

Presidente angolano muda chefias militares

Entretanto, o novo Presidente angolano, João Lourenço, continua a promover mudanças na estrutura de poder do país. Desta feita, exonerou 19 chefias militares, oficiais generais nomeados anteriormente, para vários postos, incluindo na Casa de Segurança da Presidência, pelo então chefe de Estado, José Eduardo dos Santos.

Segundo uma informação disponibilizada pela Casa Civil do Presidente da República, em contrapartida, o novo chefe de Estado nomeou outros 54 oficiais generais para várias áreas de confiança.

Desde que tomou posse, a 26 de Setembro, na sequência das eleições gerais angolanas de 23 de Agosto, João Lourenço procedeu a exonerações de várias administrações de empresas estatais, dos sectores de diamantes, minerais, petróleos, comunicação social, banca comercial pública e Banco Nacional de Angola, anteriormente nomeadas por José Eduardo dos Santos.

ZAP // Lusa

4 Comments

  1. Acham mesmo que c as mudanças que estão a acontecer em Angola que é p/ bem do povo? Então estão completamente enganados. Isto é mudança de nomes porque a M— vai ser a mesma ou PIOR…

  2. A dificuldade de João Lourenço é escolher gente que não esteja envolvida em corrupção…
    Toda a “nata” angolana tem a barra suja !

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