/

Novas provas envolvem angolanos e Grupo Lena na tentativa de compra da TVI

1

José Sena Goulão / Flickr

Ex-primeiro ministro e ex-líder do PS, José Sócrates

O processo de tentativa de compra da TVI por parte da PT, com o alegado intuito de o governo de Sócrates controlar o canal, envolveu também o Grupo Lena e investidores angolanos. Há novas provas recolhidas na Operação Marquês que o indiciam.

O jornal i revisita esta terça-feira o caso de tentativa de compra da TVI por parte da PT, em 2009, e que foi denunciado no caso Face Oculta como uma alegada tentativa do governo de José Sócrates de controlar um canal que se apresentava com uma linha editorial desfavorável.

Novos indícios recolhidos em buscas efectuadas ao banco Haitong (ex-BESI) e à PT revelam que esta pretendia adquirir a TVI, através da Taguspark, em parceria com o Grupo Lena e investidores angolanos, conforme adianta o i.

O diário nota que cada uma das partes entraria com “um terço do capital”.

O processo de tentativa de compra foi baptizado com o nome de código “Projecto Aljubarrota”, destaca o jornal, notando que o objectivo era garantir que nem o nome da PT, nem o de Sócrates surgiam citados.

Assim, a venda concretizar-se-ia através da Taguspark, parque de ciência e tecnologia de Oeiras que tinha a PT como um dos accionistas.

A investigação da Operação Marquês, que implica Sócrates em suspeitas de corrupção, acredita que os novos indícios recolhidos são mais uma prova da “antiga e profunda ligação entre o ex-primeiro-ministro e o Grupo Lena que lhe permitiu receber grande parte da fortuna acumulada nos últimos anos”, refere o i.

Os dados constantes deste processo também recuperam a ideia de que Sócrates terá tentado controlar a TVI, como foi detectado em escutas telefónicas efectuadas a Armando Vara no processo Face Oculta.

Chegou a especular-se quanto à abertura de um possível inquérito em torno de uma alegada tentativa de manipulação da comunicação social, mas as escutas com registos de Sócrates foram entretanto, destruídas por decisão do presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Noronha Nascimento, que as considerou “nulas” por terem sido gravadas no âmbito de um processo distinto.

ZAP

1 Comment

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.