Novas espécies de dinossauros espinossaurídeos identificadas em Espanha

Andrey Atuchin / CC BY 4.0

Um novo género e uma nova espécie de dinossauro espinossauro foi encontrado em Espanha.

Erik Isasmendi, paleontólogo da Universidade do País Basco, e os seus colegas, descobriram o denominado Riojavenatrix lacustris.

Os espinossaurídeos (Spinosauridae) são uma família de grandes dinossauros terópodes, conhecidos do período cretácio médio.

De acordo com o Science News, estes dinossauros são caracterizados por crânios longos, com dentes cónicos convergentes com os dos crocodilianos e membros robustos com uma enorme garra no polegar.

Atingiam tamanhos enormes e, pelo menos, uma espécie — o Spinosaurus gegyptiacus — era tão grande ou maior do que o Tyrannosaurus rex.

Em muitas espécies de espinossaurídeos, as espinhas neurais das suas vértebras eram significativamente alongadas e formavam uma vela no dorso do dinossauro.

Pensa-se que os espinossaurídeos eram piscívoros (comiam peixe), com base nos seus dentes perfurantes e nas características do seu crânio e maxilares.

Os seus fósseis foram recuperados em todo o mundo, inclusivamente África, Europa, América do Sul e Ásia.

Scott Hartman

O espinossauro recém-identificado, no estudo publicado no Zoological Journal of the Linnean Society, viveu no que é hoje a Espanha durante a época do Cretáceo Inferior — há cerca de 120 milhões de anos.

O Riojavenatrix lacustris tinha até 7 a 8 metros de comprimento e pesava 1,5 toneladas.

“O Riojavenatrix lacustris é uma das mais recentes espécies de espinossaurídeos ibéricos e europeus“, disseram Isasmendi e co-autores.

“Mantém uma bota púbica triangular, como os megalossaurídeos, e um côndilo medial do fémur que mostra uma fase de transição entre o eixo longo orientado anteroposteriormente dos terópodes não espinossaurídeos e o eixo longo orientado posteromedialmente dos espinossaurídeos”.

Os ossos fossilizados de Riojavenatrix lacustris foram recolhidos no Grupo Enciso da Bacia de Cameros em La Rioja, Espanha.

Elena Cuesta, paleontóloga do Museu de Paleontologia Egidio Feruglio e da Universidade Ludwig Maximilian, disse que “juntamente com o Riojavenatrix lacustris, foram agora descritos cinco espinossaurídeos do Cretáceo Inferior da Península Ibérica“.

“Os outros espinossaurídeos ibéricos são Camarillasaurus de Aragão, Vallibonavenatrix e Protathlitis de Valência, e Iberospinus de Portugal”, acrescentou. “Os restos fósseis testemunham que a Península Ibérica albergou um grande e diversificado conjunto destes dinossauros carnívoros”.

“As numerosas descobertas dentro deste grupo icónico levantam várias questões novas sobre a ecologia destes animais”, concluiu.

Teresa Oliveira Campos, ZAP //

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