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Nova vítima de Jeffrey Epstein exige indemnização

Magnata norte-americano Jeffrey Epstein

O milionário norte-americano Jeffrey Epstein enfrenta mais uma acusação de agressão sexual. Teala Davies, de 34 anos, diz ter sido vítima de abuso sexual por parte de Jeffrey Epstein há dezassete anos.

“Demorou muito tempo a libertar-me do seu controlo e abuso. Continuo a ter memórias e isso ainda me magoa”, declarou Teala Davies em conferência de imprensa, acrescentando que as agressões ocorreram em várias casas do empresário em Nova Iorque, Florida ou Paris. Teala Davies disse ainda que aceitou quebrar o silêncio, de forma a poder inspirar outras mulheres vítimas de agressões sexuais.

A advogada Gloria Allred afirmou, de acordo com a ABC, que a sua cliente foi uma “vítima perfeita” para o milionário. Sublinhando que Teala Davies teve uma infância difícil e que chegou a viver na rua, a defesa disse que a sua cliente era uma “jovem vulnerável” que estava exposta a vários riscos e que acabou por sofrer de bulimia na sequência dos abusos.

A advogada exigiu ainda que a sua cliente seja compensada financeiramente pelos abusos, tendo entregue no tribunal federal de Manhattan uma ação judicial.

O bilionário de 66 anos foi detido em Nova Jersey, no dia 6 de julho, e a polícia encontrou diversas fotografias de raparigas nuas na sua mansão, em Nova Iorque.

Epstein esteve sob vigilância especial porque, a 23 de julho, foi encontrado no chão da sua cela com hematomas no pescoço. Uma semana antes de ser encontrado morto tinha sido retirado desse sistema de vigilância mais apertado, que normalmente é aplicado a reclusos que demonstrar altos risco de tentarem o suicídio.

O médico legista determinou que a morte de Epstein foi um suicídio, mas há diversas teorias da conspiração que diferem dessa opinião. O relatório do médico diz que o pescoço de Epstein estava partido em vários sítios, incluindo o osso hioide, que fica perto da maçã de Adão. Vários especialistas dizem que essa lesão acontece em casos de enforcamento, mas é mais comum em situações de estrangulamento.

A morte de Epstein impediu que se levasse a cabo um julgamento que envolveria figuras importantes de todo o mundo, facto que motiva ainda mais as suspeições sobre a natureza em que aconteceu. Dois dias antes da sua morte, o magnata assinou um testamento canalizando 577 milhões de dólares (520 milhões de euros) em ativos para um fundo fiduciário.

Jeffrey Epstein já se tinha declarado culpado de abusar sexualmente várias raparigas em Nova Iorque e Florida no início dos anos 2000. O Departamento da Justiça deixou claro que vai prosseguir as investigações e trazer à justiça todos os que estiverem envolvidos nestes casos de abuso sexual de menores. Epstein tinha uma rede poderosa de amigos, entre eles o atual Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o antigo Presidente Bill Clinton.

ZAP //

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