A imprensa norte-americana rotulou-a como a sucessora de Steve Jobs na área tecnológica, mas Elizabeth Holmes dedicou-se afinal a fazer uma “elaborada e prolongada fraude”.
Tal como o criador da Apple revolucionou os telemóveis, Elizabeth Holmes, que chegou a ter uma fortuna avaliada em 4,5 mil milhões de dólares, prometia revolucionar a indústria de diagnósticos de saúdem com a tecnológica Theranos, da qual era fundadora e presidente executiva.
No entanto, o regulador dos mercados dos Estados Unidos concluiu agora que Elizabeth opto por levar a acabo uma “elaborada e prolongada fraude em que se exagerou ou se prestou informações falsas sobre o desempenho tecnológico, empresarial e financeiro”.
De acordo com o Dinheiro Vivo, Holmes e um antigo presidente são acusados de conseguirem investimento de 700 milhões de dólares através de um esquema fraudulento.
O modus operandi passaria por fazer “apresentações falsas e enganadoras aos investidores, em demonstrações de produto, em artigos de media, através dos quais enganaram os investidores levando-os a crer que o seu produto essencial – um equipamento portátil de análise sanguínea – poderia fazer testes sanguíneos aprofundados a partir de umas gotas de sangue do dedo, revolucionando a indústria de análise sanguínea”.
No entanto, o produto apresentado por Holmes não teria o potencial que esta divulgava. O equipamento “apenas conseguia completar um pequeno número de testes e a empresa fazia a maior parte dos testes dos pacientes com equipamentos standard fabricados por outros”.
Mas o esquema de Elizabeth não acaba aqui. Nas apresentações, a fundadora da Theranos garantia que a tecnologia estava a ser utilizada pelas Forças Armadas americanas no Afeganistão e que o contrato com a Defesa tinha gerado mais de 100 milhões de dólares de receitas em 2014.
No entanto, “a tecnologia da Theranos nunca terá sido utilizada pelo Departamento de Defesa dos EUA e gerou pouco mais de 100 mil dólares de receitas operacionais em 2014″, garante o supervisor do regulador dos mercados dos EUA.
Perante estas acusações, Holmes chegou a acordo com as autoridades, acordando “pagar uma penalização de 500 mil dólares, ser impedida de exercer cargos de direção e de gestão de empresas cotadas durante dez anos”, informa o regulador americano.
Além disso, Holmes terá que devolver as ações da Theranos que obteve durante a fraude e abdicar do seu poder de voto na empresa. E, no cenário altamente improvável, das ações que vão restar à fundadora da empresa darem algum tipo de mais-valia, Holmes não a poderá ter até serem devolvidos 750 milhões de dólares aos investidores defraudados.
A diretora do departamento de São Francisco supervisor dos mercados financeiro dos EUA retirou uma moral desta história: “É uma lição importante para Silicon Valley. Os inovadores que querem revolucionar e causar disrupção num setor devem dizer aos investidores a verdade sobre o que a sua tecnologia consegue fazer, não apenas o que esperam que possa fazer no futuro”.
Já o “antigo” Steve Jobs era uma “fraude”, portanto!…
É como Tu!
O Eu! diz muita parvoíce mas nisto tem toda a razão. O único génio da engenharia da Apple chamava-se Steve Wozniak, que teve a brilhante ideia de usar BSD (sistema operativo aberto) como base do MacOSX/macOS/iOS, pois o sistema operativo anterior da Apple era uma treta (sim, leram bem, a base dos sistemas operativos da Apple não é da Apple…).
O Steve Jobs era um génio também, mas a convencer parolos das modas a comprar hardware altamente sobrevalorizado e com obsolescência programada, sem suporte passado poucos anos.
Seis dias depois do Steve Jobs ter morrido, morreu também um senhor chamado Dennis Ritchie, pai da computação moderna, inventor do Unix (e por consequência BSD e MacOS) e da linguagem C, e ninguém falou nele. Um verdadeiro génio, que morreu e ninguém falou nele. Mas toda a gente falou do vendedor da banha da cobra Steve Jobs. É o mundo em que vivemos. Há uma frase que resume bem o Ritchie e o Jobs, é mais ou menos isto: “O Dennis Ritchie foi buscar a lenha e acendeu a fogueira. O Steve Jobs meteu uns pauzinhos à volta da fogueira para esta ficar mais bonita”.
Resposta dos Apple fan boys em 3, 2, 1…
Pois, é a eterna história do tipo que inventou a roda e ficou maravilhado a olhar para ela a rodopiar, versus o tipo que olhou para a roda e percebeu que podia inventar o carro.
O Dennis Ritchie não só inventou a roda (linguagem C), como o resto do carro todo (Unix). Os sistemas operativos da Apple são Unix, ou seja, basicamente foram inventados pelo Ritchie e cia. A Apple fez os acabamentos da pintura, encarecendo o produto dezenas de vezes, vendendo o produto final aos totós das modas que gostam de ser extorquidos.
O Unix foi um carro tão genial que é a base directa ou indirecta não só dos sistemas da Apple, como também do Linux (e Android por consequência), dos BSDs (e das Playstation 3/4 por consequência), passando por toda a internet (servidores, clouds, IoT). O Ritchie fez isto nos anos 70 e o legado dele é a computação moderna: todos os carros de hoje em dia são baseados no modelo dele (excepto o Windows, que teve uma origem diferente embora use muitas ideias dele). Qual é o legado do Steve Jobs? Gadgets com cantos redondos, obsoletos passado dois anos e o fanatismo cego de milhões de totós?
Estamos complemente de acordo!
E, sabes risco de dizer muita parvoíce é o de, de vez em quando, se acertar!…
Completo disparate. Sim, o Wozniak era um génio, mas se fosse só por ele nunca teria havido Apple, nunca o computador que ele criou teria sequer saído da garagem. A Apple existe porque Jobs pegou no que Wozniak criou e soube criar e vender uma marca. Nunca ninguém disse que Jobs era um génio de engenharia, isso é óbvio que não. Jobs era isso sim um visionário, e só alguém muito tapado é que não reconhece valor ao homem que quer se goste quer não criou aquela que se viria a tornar a empresa mais valiosa do mundo.
O Jobs era de facto visionário, mas no sentido de criar fanatismos cegos. Inventou uma religião corporativa que enganou e continua a enganar milhões de totós. Admito que não é para qualquer um, é preciso uma certa dose de psicopatia e ter à sua disposição tecnologia inventada e criada por outros com menos jeito para o marketing.
Podemos escolher admirar esse tipo de pessoas. Eu escolho admirar quem de facto inventa e quem de facto faz a tecnologia e a humanidade evoluir.
Muito bem!!
Caro EU!
Certamente não tem um iPhone nas mãos…
Provavelmente nem sabe o que isso é.
Obviamente que não – “religiões” e clubes de fãs não é comigo!…
Só há dois tipos de indivíduos que compram esses aparelhos: os muito estúpidos e os muito ricos (ou os dois)!!
Estúpido é obviamente você… já usei Android, Windows Phone e iPhone. Não tenho dúvidas que prefiro o iPhone. E não é por não saber trabalhar com tecnologia.
Por acaso é preciso ser um bocado limitado ou fanático para conseguir usar um iPhone ou iPad. Aquilo é tão limitativo que de facto dá pouco margem para erro, e quem procura saber ou fazer um bocadinho mais, ou até mesmo ter algum controlo sobre os seus dispositivos, nunca se limitaria aos jardins-prisão da Apple.
Isso mais me parece dissonância cognitiva…
Então e com Android, tem de ter obrigatoriamente uma conta google porquê?… Também não é uma prisão? LOL
Há quanto tempo é que se consegue limitar individualmente as permissões das apps, p.exemplo, num android? Ah pois, e ainda fala em jardim-prisão…
De longe apple, tenho que dar o braço a torcer, porque realmente os gajos são bons naquilo que fazem.
Está mal informado. Não tem que criar uma conta Google, embora facilite imenso. E se não quiser mesmo nada com a Google instala por exemplo o LineageOS, 100% compatível com Android e sem o spyware da Google. Portanto, não, não é uma prisão. Tente lá mudar o sistema operativo do iPhone a ver o que acontece.
O iOS é tão limitado que nem sequer lhe dá acesso ao sistema de ficheiros. Nesse aspecto cada app é a sua própria prisão. No entanto admito que é um sistema que funciona para quem tem limitações no uso de tecnologia.
Compreendo que não consiga ver estes factos óbvios. É típico dos fanatismos. Veja-se por exemplo os fanáticos da terra plana e dos chemtrails. Não mudam de opinião por mais provas que lhes sejam apresentadas.
Eu não disse?!
E assim se comprovada a minha observação!…
Portanto, você decide quem é estúpido ou não com base no dispositivo móvel que utilizam… Interessante… diz mais sobre você do que sobre as referidas pessoas…
Errado!!
Se tivesse lido o que eu escrevi mais uma ou duas vezes, talvez tivesse percebido a parte do “rico”; portanto, “estúpidos” ou “ricos”!!
E não estava apenas a falar de “dispositivos moveis” mas sim de todos os dispositivos da “marca da maçã”, marca que, embora seja a empresa mais valiosa do mundo em bolsa – é que paga menos impostos!!
Ou seja: “gozam” com os clientes (mas desse não tenho pena!) e gozam com as finanças um pouco por todo o mundo, enquanto os “fieis” pagam a “factura” – e ainda ficam todos contentes!!
Em primeiro lugar, já viu quanto custa um Samsung topo de gama? Não é muito diferente. Não, não é preciso ser rico. Muita gente compra a 24 ou 36 meses sem juros. É tudo uma questão de escolher onde se quer gastar o dinheiro. Há quem todos os dias tome o pequeno almoço e almoço fora de casa. No Black Friday um colega meu aproveitou uma promoção e comprou 2 iPhone 8 (para ele e para a mulher) pelo preço de 1.
Não, não vi!…
E o que tem o Samsung topo de gama a ver com a “religião” Apple??!
Só se for o facto de, obviamente, também ser para ricos ou/e estúpidos!!…
Exacto, não é preciso ser rico – para comprar um telemóvel a pagar em 36 meses basta ser estúpido!…
Claro, cada um escolhe onde gastar o dinheiro – cada um com a suas prioridades; por isso é que há quem viva em “barracas” e compre BMW ou Mercedes, etc, etc!…
Parece-me evidente neste momento que você tem dificuldades de raciocínio e compreensão… É óbvio que não é preciso ser rico para comprar um iPhone, isto não é uma opinião, é um facto (e já agora, havendo a opção, comprar a prestações SEM JUROS é a opção inteligente). Resta portanto a segunda parte do seu comentário, a de que quem compra um iPhone é estúpido. Não vou perder mais tempo, se acha verdadeiramente mesmo isso, há algo de errado consigo. Por fim, não sei o que é isso da “religião” Apple. Tenho um iPhone e um iPad, não sou rico, nem estúpido, nem religioso. Apenas reconheço vantagens objectivas ao iPhone/iPad, quando comparado com as alternativas.
Parece-me existir este aparelho em Portugal, na http://biosurfit.com/
Boa Tarde, A biosurfit é completamente independente da Theranos bem como a tecnologia completamente diferente.
a biosurfit nada tem a ver com a Theranos!
São tecnologias completamente diferentes e independentes.
Será que entendi bem !!!
A diretora do departamento de São Francisco supervisor dos mercados financeiro dos EUA retirou uma moral desta história: “É uma lição importante para Silicon Valley”
Só se for uma lição de como ficar rico, ela tinha uma fortuna avaliada em 4,5 milhões, se tem de pagar meio milhão, ainda fica com 4 milhões fora o resto que ganhou, beneficiou e gastou!!!
Realmente o novo Steve Jobs das fraudes. Faz uma fraude e sai com uma riqueza enorme (e legal), e com a possibilidade de fazer consultoria em gestão de empresas, sempre e quando não tenha poder de decisão ou veto.
A linha rendeu 4 milhões agora siga para bingo…
A fortuna era avaliada pela cotação das acções, que obviamente agora valem zero.
Nos USA, estas coisas não são assim. Se ela tivesse nas mãos 4.5 milhões, o regulador não a multava “só” em 500 mil.
Lá não é como cá: as multas são mesmo a doer….. esta tipa nunca mais se levanta….
“Lá não é como cá”
“esta tipa nunca mais se levanta…”
Ahahahaaaa!…
Pois não, coitadinha…
O que os filmes e a ignorância fazem!…
Nao leste o texto todo.. ela vai ter de devolver o dinheiro dos investidores.. o resto ja devia ser dela.. e certamente ainda vai levar um processo e pagar indemnizações e esses 4.5m se forem referente à empresa ja foram, pois a faturação foi de 100 mil dólares.. a acções ja sao lixo sem valor.
Pois… Mais uma inovação…
A Biosurfit é outra burla, com a conivência dos senhores do IAPMEI. A historieta do tal de CEO é uma cópia aportuguesada da Elizabeth Holmes.