Portugueses continuam a acreditar que os políticos não cumprem o que prometem antes das eleições mas os dados de um novo estudo do ISCTE mostram que não é bem assim. António Guterres está no topo da lista dos cumpridores.
Os Governos dos últimos 20 anos cumpriram cerca de 60% das promessas escritas nos programas eleitorais. Quem o diz é a TSF que, esta terça-feira, cita um estudo feito pelo Instituto Universitário de Lisboa (ISCTE), financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia (FCT).
As conclusões deste estudo vão contra a perceção da maioria dos portugueses, ou seja, a de que os políticos nunca cumprem a maioria das coisas que prometem antes das eleições.
De 1995 a 2015, os Governos portugueses cumpriram, em média, cerca de 50% das promessas na sua totalidade e outros 10% foram cumpridos de forma parcial.
Escreve a TSF que, segundo o novo estudo, foi o primeiro Governo de António Guterres aquele que cumpriu mais promessas: cerca de 85% cumpridas total ou parcialmente, mesmo sendo um Executivo minoritário.
Segue-se o primeiro Governo de José Sócrates (com quase 80%) e, apesar da intervenção da troika, também o Executivo de Passos Coelho, com quase 60%.
Do outro lado surge novamente o novo secretário-geral da ONU e ex-primeiro ministro socialista que, no seu segundo Governo, apresenta valores bem mais baixos. A este juntam-se os Executivos de Durão Barroso e Santana Lopes, com 45% e 30%.
Em declarações à rádio, Ana Maria Belchior, investigadora do ISCTE que liderou o estudo, admite que há uma grande diferença entre a perceção dos eleitores e os números.
“Portugal até tem dos melhores desempenhos no cumprimento de promessas”, diz a professora de Ciência Política, que não sabe explicar o porquê desta diferença.
No entanto, a investigadora admite que é possível que esteja relacionado com o facto de algumas das promessas que não chegam a ser cumpridas serem “aquelas que verdadeiramente interessam aos cidadãos” como, por exemplo, as que estão ligadas à não subida de impostos, as de não fazer cortes em salários e pensões e a criação de emprego.
Uma das promessas e que era justíssima, foi a promessa do 1º. Ministro de retirar a penalização fixa a carreiras longas. Será que com 49 anos a descontar se me reformar antes dos 66 e 3 meses é justo ser penalizado ????????
É.
Continuam a endeusar um brilhante académico que é ao mesmo tempo foi um péssimo primeiro-ministro. Governou para as sondagens e em anos de crescimento económico de 4% esbanjou dinheiro público e sobrecarregou o Estado com o aumento exagerado do nº de funcionários públicos para empregar os boys. No fim, deixou o país num pântano!
Recordo duas expressões de Guterres.
“No jobs for the boys” e, no dia em que se demitiu disse: “apresento a minha demissão para evitar situações pantanosas”.
Para mim, foi o primeiro ministro mais humano, correcto e sério na democracia. Quando saiu, foi dar aulas, não sendo conhecido qualquer tacho duvidoso que se pudesse relacionar com a sua governação, isto é, muitos saem dos governos e depois é vê-los a encaixarem-se na Galp, na EDP, na PT, na Lusoponte, em Bancos, etc, etc, etc, com cargos de administradores. Outros piram-se, borrifam-se para o país e vão para comissários europeus ou para presidente da comissão europeia e agora Goldman. Crenças? Ideologias? Fidelidade ao seu país? Isso são tretas, o que lhes interessa mesmo é o próprio umbigo, na lógica do “quem dá mais”.
Guterres provou e continua a provar ser um homem de causas, honesto, fiel a valores humanos, principios morais e éticos. É um crente numa sociedade desenvolvida financeira e económicamente mas, em paralelo, uma sociedade humana e socialmente justa. Pessoalmente admiro-o.
Subscrevo.