O Prémio Nobel da Paz foi esta sexta-feira atribuído ao Programa Alimentar Mundial. O anúncio foi feito esta sexta-feira em Oslo pelo Instituto Nobel norueguês.
A Instituto Nobel norueguês atribuiu esta sexta-feira o Prémio Nobel da Paz ao Programa Alimentar Mundial pelos “seus esforços em combater a fome, pela sua contribuição na melhoria das condições da paz e áreas afetadas por conflitos e por agir como uma força motriz no esforços para prevenir o uso da fome como uma arma de guerra e conflito”.
Este ano, havia 318 candidatos ao Nobel da Paz – 211 pessoas e 107 organizações. Os especialistas inclinavam-se para a hipótese de a pandemia poder servir de pretexto para a escolha deste ano, indicando a Organização Mundial de Saúde como um sério candidato.
Alguns analistas inclinaram-se para a possibilidade de a primeira-ministra da Nova Zelândia, Jacinda Arden, poder sair vencedora, pela forma como serviu de exemplo no combate contra a propagação do novo coronavírus no seu país.
Outra ativista em destaque é Loujain al-Hathloul, que tem lutado por reformas a favor dos direitos das mulheres na Arábia Saudita, tendo sido detida pela forma como demonstra as suas críticas ao regime dominado pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman.
O líder da oposição russa, Alexey Navalny, que acaba de recuperar de um envenenamento na Sibéria, também está na lista de nomeados, tal como o povo de Hong Kong, que se tem mobilizado em violentos protestos contra a nova lei de segurança imposta por Pequim a esse território semiautónomo.
Em 2019, o prémio Nobel da Paz foi atribuído ao primeiro-ministro da Etiópia Abiy Ahmed Ali pelos seus esforços para “alcançar a paz e a cooperação internacional” com os acordos de paz com a Eritreia.
Alfred Nobel, químico sueco que inventou a dinamite, reservou 94% da fortuna à criação deste e de outros quatro prémios (Medicina, Química, Literatura e Paz), que deveriam ser entregues “àqueles que fizeram o maior benefício para a humanidade”.
Este ano, o vencedor de um Prémio Nobel ganhará 10 milhões de coroas suecas (equivalente a cerca de 954 mil euros) – mais um milhões (95 mil euros) do que nos anos anteriores. Segundo o Observador, o Conselho de Administração da Fundação Nobel justificou o aumento do valor do prémio com um “reforço económico” feito na instituição nos últimos oito anos.
Na segunda-feira, foi anunciado o Prémio Nobel da Medicina, que foi atribuído a três cientistas pela descoberta do vírus da Hepatite C.
Na terça-feira, foi anunciado o Prémio Nobel da Física, que foi atribuído ao cientista britânico Roger Penrose, ao alemão Reinhard Genzel e à astrónoma norte-americana Andrea Ghez pelas descobertas sobre os buracos negros.
Na quarta-feira, o Prémio Nobel da Química foi atribuído às cientistas Emmanuelle Charpentier e Jennifer A. Doudna pelo “desenvolvimento do método de edição genética”.
Já na quinta-feira, o Prémio Nobel da Literatura foi atribuído à escritora norte-americana Louise Gluck.
Segue-se apenas o Nobel da Economia, que será entregue na próxima segunda-feira.
ZAP // Lusa