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Nova luta de direitas nas Presidenciais. Marcelo encosta Ventura às cordas invocando Sá Carneio e João Paulo II

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José Fernandes / SIC / Lusa

Presidenciais: Debate televisivo entre Marcelo Rebelo de Sousa e André Ventura.

O debate entre Marcelo Rebelo de Sousa e André Ventura centrou-se nas diferenças entre a direita política que representam. Marcelo foi acusado de andar de mãos dadas com o Governo e criticado pela sua inação em vários assuntos.

Marcelo Rebelo de Sousa e André Ventura estiveram frente a frente, esta quarta-feira, num debate transmitido pela SIC que não tardou a aquecer.

O atual Presidente da República foi o primeiro a ter a palavra e foi questionado se André Ventura é uma ameaça para a democracia.

O atual chefe de Estado entrou na defensiva e salientou que “a democracia é compreensiva” e que “não há ameaças relativamente a deputados de partidos eleitos pelo povo”. Assim, disse aceitar e tolerar as posições mais diversas e que essa era “a sua convicção” e não uma resposta politicamente correta.

Ventura gostou do que ouviu e destacou a disparidade entre a posição de Marcelo e as posições de Marisa Matias e Ana Gomes, que querem ilegalizar o Chega. “Só falta dizer para me prenderem”, atirou o candidato presidencial.

O presidente do Chega disse que “temos de fazer uma rutura” perante o atual sistema, já que “o que temos visto em Portugal é grave demais”. André Ventura deu os exemplos da ministra da Justiça e do ministro da Administração Interna, e dos casos de Tancos e do Hidrogénio. “Este regime precisa de uma limpeza”, alertou, apontando responsabilidades ao Presidente, “que nada fez”. “Há uma diferença entre nós: representamos uma direita diferente”, retaliou Marcelo, assumindo ser da direita social, que tem posições diferentes da “direita securitária e do medo”.

Marcelo, o Presidente aglutinador

Não é a primeira vez que Marcelo Rebelo de Sousa diz ser o Presidente de todos os portugueses – e este debate não foi exceção -, garantindo ter um papel aglutinador.

Sou presidente dos desempregados, dos pobres, dos emigrantes, dos pensionistas, dos condenados por crimes“. Em contra-ataque, Marcelo criticou Ventura por manter funções como deputado na Assembleia da República enquanto está na corrida eleitoral nestas Presidenciais: “Eu não faço da presidenciais umas primárias das legislativas. Eu não tenho várias agendas ao mesmo tempo”.

À baila vieram os nomes de Joana Marques Vidal e Vítor Caldeira, cujos mandatos na Procuradoria-Geral da República e no Tribunal de Contas, respetivamente, não foram reconduzidos. No entanto, Marcelo Rebelo de Sousa alertou que “a sua substituição não travou o combate à corrupção”.

Em contrapartida, o líder do Chega garante que teria reconduzido ambos os mandatos, antes de mostrar uma fotografia que trouxe consigo. Nela, era possível ver o Presidente da República com um grupo de habitantes do bairro da Jamaica.

Ventura criticou Marcelo por ter visitado “bandidos” e não ter ido à esquadra da polícia conversar com os agentes que foram agredidos.

“Eu represento a direita, não a direita que está de mãos dadas com o partido socialista. Mas a direita que nunca vai deixar as forças de segurança estarem sozinhas”, disparou o candidato presidencial.

“Eu não tenho medo de ser politicamente incorreto. De lhe chamar os nomes que têm de ser chamados e dizer os nomes que têm de ser ditos”, disse ainda André Ventura, com o chefe de Estado a reiterar que a direita política que representa é diferente da sua.

“Nunca vou ser o presidente dos traficantes de droga”.

Marcelo disse ainda que não distingue os portugueses entre os bons e os bandidos, e que o bairro da Jamaica não é um caso de polícia, mas sim de justiça, ou melhor, de “injustiça social”. E se Marcelo diz que é um Presidente de todos, Ventura argumenta que nunca o vai ser, como já o tinha feito no debate de terça-feira, frente a Tiago Mayan Gonçalves.

“Nunca vou ser o presidente dos traficantes de droga, dos pedófilos, dos que vivem à conta do Estado”, atirou Ventura, antes de lançar uma questão ao seu rival: “O politicamente correto será que o verga tanto que é impossível dizer hoje que devia ter ido àquela esquadra e estar ao lado daqueles homens e mulheres que fazem segurança neste país?”.

Terminada a troca de acusações entre os candidatos, a conversa fluiu até ao debate em torno da pena de morte e da prisão perpétua. Quanto a isto, Ventura não tem dúvidas.

Marcelo invoca Sá Carneiro

O candidato de direita diz ser contra a pena de morte, mas é um defensor de que a prisão perpétua deveria existir em Portugal, como já acontece “aqui ao lado, em Espanha, Inglaterra e Alemanha”. “Quando olho para um caso como o do Pedro Dias, que matou um casal que ia para uma consulta de fertilidade; quando eu olho para um caso como a mãe da Joana, que matou a filha e a deu de comer aos porcos. Para mim, aceito que estas pessoas não deveriam ver a luz da liberdade”, defendeu o deputado.

“Eu não concebo um país que quando há um crime de violação seguido de homicídio, em Portugal haja três ou quatro anos de prisão e em Inglaterra seja um crime de prisão perpétua. É uma brincadeira de justiça que temos aqui”, acrescentou.

Por sua vez, Marcelo Rebelo de Sousa é contra ambas. Para si, “não faz qualquer sentido”, porque é católico. O debate aqueceu neste momento e Marcelo Rebelo de Sousa voltou a frisar que a sua direita é diferente da de Ventura, invocando Sá Carneiro e João Paulo II.

Marcelo Rebelo de Sousa fez questão de traçar uma linha divisória entre os seus valores e os do partido deste candidato, invocando Francisco Sá Carneiro, a Doutrina Social da Igreja, os papas Francisco e João Paulo II e a “preferência pelos pobres, pelos explorados, pelos oprimidos, pelos dependentes”.

Questionado sobre se o poder da palavra de Marcelo vai perder força no segundo mandato, André Ventura foi perentório: “Eu espero que não haja um segundo mandato de Marcelo”. “Será que alguém de direita, que esteja bem da cabeça, pode votar em Marcelo Rebelo de Sousa?”, questionou Ventura, acusando o Presidente de não vetar leis que devia ter vetado. Relativamente ao Governo nos Açores, Ventura diz que compreende que Marcelo diga que deu a mão à direita, já que “não podia fazer outra coisa”.

“Alguém acha que os partidos de direita quiseram o Chega e levaram o Chega ao colo? Os açorianos é que meteram lá o Chega e disseram que sem o Chega não vai haver maioria nenhuma, que é o que vai acontecer aqui quando houver eleições para a Assembleia da República. Não é nenhuma força que nos vai levar ao colo”, disse André Ventura.

Fogos de Pedrógão

Munido com outra fotografia, Ventura confrontou Marcelo relativamente aos incêndios de Pedrógão Grande. “O senhor Manuel Nascimento morreu nos fogos de Pedrógão sem ver a sua casa reconstruida”, atirou. “Eu estive lá [nos fogos]”, ripostou Marcelo. “O senhor tem a coragem de dizer que não houve a reconstrução das casas? Foi lá ver?”, acrescentou, defendendo que várias casas foram reconstruidas após os incêndios de 2017.

Quanto à pandemia de covid-19, Marcelo assumiu “a máxima responsabilidade”, enquanto Ventura criticou a libertação de alguns presos e as medidas decretadas durante o estado de emergência, nomeadamente no que toca ao fecho de restaurantes e cafés.

Já perto do fim do debate, o presidente do Chega atacou ainda Marcelo, acusando-o de ser manipulado pelo Governo. O chefe de Estado não gostou e defendeu não ser manipulado por ninguém. “Não admito que o senhor deputado diga aqui o que não diz nas audiências em Belém”, disse Marcelo Rebelo de Sousa.

“Em Belém usa outro tom, outra conversa”, atirou Marcelo.

A última pergunta de Clara de Sousa foi relacionada com a revisão constitucional sugerida por André Ventura e a eventual adoção de um sistema presidencialista. Confrontado com este último assunto, Marcelo disse não concordar com o presidencialismo, porque “em Portugal iria conduzir à ditadura”, como já aconteceu no passado.

André Ventura reiterou que tem de haver uma mudança, já que “muitos dos deputados não têm uma intervenção em quatro anos”.

Com o regime presidencialista não há jogos de bastidores, não há maiorias negativas. Poupávamos milhões aos contribuintes em órgãos e ministérios”, atirou Ventura, antes de lançar a derradeira machadada: “A única ditadura que quero é a ditadura em que os portugueses de bem são pela primeira vez reconhecidos”.

Daniel Costa, ZAP //

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53 Comments

  1. Ou seja, este espantalho reconhece que os apoiantes do Chega são atrasados mentais. Basta ver como o ele, e respectiva colectividade, são classificados por figuras de destaque da direita portuguesa.

  2. Interessante, não se importa de ir a festas com criminosos e apertar a mão a pedófilos e diz que é o presidente de todos. Meu não será certamente.

    • O Ventura está a perder pontos com todos, desde o Tino ao Marcelo. Dá para ver o desespero dos seus seguidores nas redes sociais…

      • Olhe que eu não gosto do Ventura mas penso que ele tem estado a ganhar pontos em toda a linha.
        Perante aquilo que tem sido o atual desgoverno, os episódios da manutenção do ministro da administração interna e da justiça e a ausência de uma oposição forte, ele está a cavalgar uma onde bem gigante. Olhe que a Isabel está muito enganada. Na ausência de um PSD forte o Chega vai longe.
        A única forma de estancar o crescimento do Chega é o regresso do Passos à liderança do PSD. E se o Marcelo fez tudo para correr com o Passos do PSD agora deve estar a pensar que se calhar devia trazê-lo de volta.
        O Chega ainda vai ser uma dor de cabeça muito grande em Portugal. Veja os resultados já das presidenciais e das próximas legislativas. Não tenho quaisquer dúvidas que será o 3º partido em Portugal. Só não sei se estará abaixo ou acima dos 20% nessa altura. Este partido capta todos os insatisfeitos, grande parte deles abstencionistas. Falo com pessoas que já não votam há 30 anos e mais, que me dizem que vão votar no Chega! Isto é preocupante. Mas a culpa é da atual classe política. A segunda república está morta e enterrada. Tem de ser reformulada por completo. E a justiça tem de se libertar de uma vez por todas do poder político e atuar no sentido de aplicar as leis a todos. Caso contrário o Chega (e outros do género) irão ganhar expressão, cavalgando o descontentamento do povo.

      • Eu vi todos esses debates e não vi o Ventura a perder nada para ninguém !
        Ao Tino deixou-o simpaticamente com as suas fantasias e nem as comentou!
        Fez bem, ali não havia nenhuma luta possível.
        O Mayan só disse disparates e parvoíces; o A.V. nem teve que se esforçar muito para o ridicularizar!
        Só receei que fosse “enrolado” pelo Marcelo pois é um “burro velho” com muita manha, mas não. Notou-se por demais que o Marcelo ficou completamente encavacado com as 2 acusações que acompanharam as 2 Fotografias apresentadas ! E com razão para isso: não há justificação possível para ele ter feito visita a bandidos em vez de à Polícia !!! Afinal ele é supostamente o chefe do Estado ao qual a Polícia pertence e que garante a segurança e a ordem! Aquela visita foi ao mesmo tempo uma desautorização desta e um incentivo ao crime àqueles bandidos !

        • Tanto meteu num bolso que em certa altura o professor pareceu um bocado atónito, tal a vivacidade e assertividade de André Ventura. De zero a vinte, dou 17 a Ventura e 7 ao professor populista, que neste debate, levou forte e feio como nunca ninguém teve a coragem de o fazer.

    • Um presidente candidato a irritar-se porque o outro candidato lhe estava a falar de maneira diferente do que quando o faz em Belém ! Esta tirada de Marcelo é miserável e prova com esta parolice de conversa que estava a ser massacrado por Ventura. Fica para história dos seus ridículos, enquanto político.

  3. Confesso que não percebo o titulo da notícia , ” encostar ás cordas ” . Mas o debate foi alguma tourada ?
    A ser uma analogia , tenho duvidas de quem foi o touro e o toureiro. O Marcelo representa a continuidade e já chateia com esse discurso de aglutinador e de ser o presidente de todos os portugueses.
    Já Ventura tem razão quando refere que há necessidade de mais intervenção no atual sistema politico, quando os escândalos de favorecimento, de cabalas e jogos de poder são uma constante, e prejudicam de facto a democracia e os portugueses em geral.
    Denunciar os subsidiodependentes que vivem á custa dos portugueses sérios e nada contribuem para o bem estar social , acho muito bem . A minha duvida é saber se o Ventura é só retórica e chegado ao poder não é igual ou pior que os outros

  4. Mais… afinal o Ventura é que é o 4° pastorinho e o Marcelo é que fala do Papa??
    Ainda por cima de um parasita alucinado com o João Paulo II que além de ser a favor da SIDA (contra preservativo!), tudo fez para esconder e abafar a pedofilia na Igreja (além de deixar a mafia tomar conta do banco do Vaticano)!
    Ai Marcelo, Marcelo…

  5. Espero bem que esse Trump Portugues, o tal Ventura, nunca chegue ao poder… o indivíduo não tem qualquer nível intelectual nem moral para ser presidente de uma nação, seja ela qual for. Portugal merece melhor.

    • É isso mesmo!
      Ventura é ridiculo e pior que ele só mm os seus seguidores que nao têm noção nenhuma do que fazer com as suas hormonas aos saltos.
      Se querem um trump português emigrem para os EUA e juntem-se aos seguidores do verdadeiro em vez de se ficarem com a réplica.

    • Pedro, tu é que não tens qualquer nível intelectual. André Ventura foi o melhor aluno de direito da sua geração.

  6. Não gosto do ventura nem do chega mas sei que este partido vai subir e muito nas próximas eleições. Situações como a manutenção do ministro da administração interna e a ministra da justiça levam os portugueses ao descrédito total na atual democracia. E não se esqueçam que Salazar foi o fruto da primeira república, totalmente falhada. Também esta segunda já faliu há muito. A classe política faz o que quer e bem lhe apetece. Rouba à descarada. A justiça ainda é pior que a política. Os fracos são condenados, mesmo que inocentes e os poderosos escapam entre os pingos da chuva. A única exceção foi Marques Vidal que este governo fez logo questão de despachar. Neste cenário o chega é a válvula de escape. Muitos portugueses encontram aqui uma alternativa à tradicional abstenção. Vai crescer e muito.

    • Votei em Marcelo mas, infelizmente, não vou voltar a fazê-lo. Desiludiu-me profundamente ao ponto de ter que dizer que este presidente foi o pior de todos, desde o 25 de abril. Apostou desde o primeiro momento numa postura escandalosa de braço-dado com o governo, nunca vista em 46 anos de democracia, muito perniciosa para o país e que se está a refletir neste Portugal triste e acabrunhado, sem progresso e sem rumo.

  7. Não vi nenhum encostar de cordas. Ouvi um presidente que não conseguiu explicar porquê que não foi visitar os policias daquela esquadra naquele dia e aproveitar para saber o que realmente se tinha passado, logo ele que mete o bedelho em tudo! Ouvi um Presidente candidato a explicar que é contra a pena de prisão perpétua porque um papa e o Sá Carneiro ( que morreu há quarenta anos quando Portugal era bem diferente, e que não foi beatificado) também eram contra a prisão perpétua e que os cristãos acreditam no perdão!!!! O que na minha opinião não é justificação nenhuma pois nem o papa manda em Portugal nem o Sá Carneiroera infalível , bem pelo contrário . Ouvi um presidente candidato a irritar-se porque o outro candidato lhe estava a falar de maneira diferente do que quando em Belém, que como é óbvio são situações diferentes. Estava no debate como candidato e não como Presidente da República. Quando se fala com o Presidente da República, orgão de soberania e representante máximo de Portugal é obrigação de qualquer um manter o máximo de respeito e recato com as palavras, quando se debate entre candidatos não pode vestir a pele de Presidente para mandar calar o outro! Se for assim então não tivesse aceitado debater com ninguém !Acredito que de todos os candidatos seja o mais apto a desempenhar o cargo mas aborrece-me a pose professoral de papá que ele tem tido para com os outros candidatos, quando todos nóa conhecemos o Presidente e sabemos que ele pode ser tudo menos “bonzinho”. Quanto ao AV é pena que não saiba argumentar sólidamente as suas ideiaspois evitava poder ser fácilmente rotulado de tudo e mais alguma coisa, quando algumas das suas propostas até contém muito de justiça social, pois não é aceitável existirem pessoas a receber subsídios, pagos pelos impostos de todos, quando não os merecem.Também se deve fazer uma diferença concreta entre um refugiado político ou da guerra e um imigrante ilegal que sai do seu país onde não há guerra nem perseguição política! Se vem para melhorar a sua vida entã deve trabalhar, fazer os seus descontos e integrar-se na nossa sociedade. Não deve ficar aqui só a receber subsídios.

  8. Quem atirou às cordas foi Ventura a Marcelo, quando lhe mostrou fotos com este a defender bandidos e ladrões em vez da polícia. Mostrar que é católico e falar sobre o Papa são idiotices impensáveis numa conversa de presidente ou candidato a presidente. Ventura esqueceu-se de lhe espetar aquela de ele ter dito que achava que os mandatos dos presidentes devem ser um só, mas agora como lhe cheira a seguir ao 2º mandato, vir a residir em palácio, ter motorista e carro particular, secretários, pagamentos de altas despesas e outras mordomias estratosféricas com o nosso dinheiro, dá o dito por não dito e afinal quer o 2º mandato. Sabe muito mais do que o Maomé dizia do toucinho!

  9. Para variar, vi o debate até ao fim; que ao contrário de outros anteriores, tinha teor de interesse a que vou colocar em escalões para que não haja confusão.
    Primeiro; não concordo que o Presidente Marcelo tenha puxado pelos cordelinhos de Presidente, porque estava naquele loca na qualidade de candidato; e a colagem ao partido socialista talvez pela amizade que tem pelo primeiro ministro também é verdade e nada tem de mal. Como se sabe; António Costa não dá sentido de voto na candidata socialista Ana Gomes, precisamente para assegurar a Vitória de Marcelo na primeira volta. Quanto a André Ventura; ele é o efeito colateral da insatisfação geral quanto à atuação do governo, que está em queda pelos casos mediáticos recentes; (o caso ucraniano, e a nomeação do Juiz para a União Europeia), deixa Portugal numa situação incómoda e aqui, Marcelo como Presidente tem que separar as águas e dizer claramente ao primeiro ministro, que a ministra da Justiça não pode ficar apenas pela demissão de um Diretor de serviços; e que mesmo que pessoalmente não seja culpada, tem que apresentar a demissão, e se António Costa não aceitar, isso já não é problema da Senhora ministra. Neste contexto, eu creio que não houve vencedor no debate; e se ele existisse, seria de Ventura porque mante serenidade e postura mesmo depois de Marcelo lhe lembrar que estava a falar com o Presidente de Portugal, esquecendo estar ali como candidato, e tentar com esta dica, colocar o outro lado na inferioridade do debate. Bom Ano a todos os portugueses, e boa sorte aos candidatos à Presidência da República. J. Vitorino (simpatizante de uma Monarquia Constitucional para Portugal). Lembro que 9 dos 10 países mais prósperos da Europa são Monarquias, e que Portugal foi por duas vezes a Nação mais rica e próspera do Mundo enquanto tal.

  10. O papagaio é um comunista esquerdóide. Não vale a pena tentar criticar o Ventura (de direita, presidente do Chega!), porque ele derruba qualquer um com a sua argumentação.
    Acontece que o senhor que preside o nosso país acha que a esquerdalhada merece supremacia, e, por isso, alega que o seu rival nas presidenciais (aliás, um dos) demonstrou estar do lado do fascismo. Não podemos votar numa coisa insignificante que não sabe distinguir quem é que de esquerda de quem é de direita, e nessa distinção, muitos intervalos foram alvo de elipse.

  11. “Marcelo encosta Ventura” ! Vê-se bem como anda a comunicação social. Pois foi precisamente ao contrário. Marcelo levou bem pela cara abaixo, coisa que nunca alguém teve a coragem de fazer. O ar crispado que lhe vi em certo momento, demonstra bem a assertividade do seu opositor, em matérias que o mancharam e definiram como presidente fraco, durante o mandato.

    • Calma criatura! Marcelo encostou sim, e bem encostado… realmente dá p ver o desespero de mais um seguidor do ventura… se gostas tt dele pq n ofereces os teus serviços p voluntariado do chega? O André iria gostar 🙂

      • Se me deres o endereço mando-te uma fotografia do Marcelo encostado às costas da cadeira com um ar preocupado e algo atónito perante a força e vitalidade intelectual de André Ventura.

        • força e vitalidade intelectual, o Ventura? Ah se tiveres a compara-lo a uma couve flor… Sim, de facto o Ventura bate a todas. O discurso dele é mt parecido ao Trump ou Bolsonaro… Básico e repetitivo. Além do mais, se já precisas de mostrar fotografias (tipico do ventura) para explicar algo q n tens capacidade por expressar por palavras é pq és outro tipo limitado, tal como o teu idolo. Já tens o novo poster na parede do homem dos teus sonhos? Eu teria vergonha de ser tão obcecada por um homem daqueles… cuidado com a imagem lol

  12. O Prof. Doutor Marcelo Rebelo de Sousa “merece o próximo mandato”… Todos os outros candidatos e candidatas, exceptuando um ou outro(a), são novos, de mais, para estas funções e pouco experientes na Política e na vida…Ainda há muita gente a misturar, confundir e até exigir do Presidente da República, funções para os quais não foi eleito, nomeadamente ao nível governação, poder legislativo e até mesmo executivo…De qualquer modo é positivo haver candidatos(as) para todos os gostos e com sensibilidades políticas diferentes…

    • Marcelo foi um presidente patético, politicamente do mais rasca que tivemos. As selfies, beijos e abraços e o encosto escandaloso a Costa, provam que ele próprio sabia das suas debilidades políticas.

      • Foi mais rasca que o “firme e hirto Cavaco”? Temos um Presidente Inteligente, moderno que criou “laços de solidariedade e proximidade com as pessoas”… Boa sorte nas suas escolhas…

  13. PERGUNTA :….no auge do debate (para quem o viu e assistiu), com tantas farpas lançadas, tanto M.R.de Sousa como A.Ventura, pretenderam serem ambos Católicos e agirem como tal !……dá que pensar, não dá ????

  14. O CHEGA está a ir cada vez mais além precisamente por termos presidentes, governos e deputados cada vez mais preocupados com o bem-estar dos maus e menos preocupados com as vítimas. Num país onde um bandido se matar um ou uma centena não apanhará mais de 25 anos e possivelmente nem os cumprirá, o que havemos de pensar sobre isto? Lá está a razão do senhor PR estar contra prisão perpétua, a perca de vidas inocentes ou traumatizados para o resto da vida são problemas secundários para ele e para os políticos em geral.

  15. O Sr. A. Ventura andou bem. E se não andou melhor foi porque a moderadora o impediu.
    Quando questionou Marcelo acerca da lei das expropriações a senhora mudou logo a agulha.
    Num coisa o Sr. A. Ventura falhou. Foi o caso dos fogos de Pedrógão. Não soube dizer ao Sr. Marcelo: 1,as televisões só tiveram ordem para falar muito tarde, 2, o Marcelo quando lá chegou só soube abraçar o Secretário de Estado até parecia que tinha sido a este que tinha morrido alguém e 3, o Sr Marcelo nessa altura ou no dia a seguir disse que tudo tinha sido feito. É verdade. Até arranjaram um pinheiro com cerca de 3 metros e um tronco de 10 cm de diâmetro como o catalizador do fogo.
    Ventura não explorou isto.
    Para terminar: aquela do Marcelo invocar conversas no Palácio de Belém, não lembra ao diabo. Um manobrador exímio este martelo.

  16. Parece que o título desta notícia, já diz tudo sobre o debate Marcelo/Ventura. Indo um pouco mais longe, diria até que toda a comunicação social e televisões, estão apostados em denegrir a imagem de Ventura, o que me pode levar a pensar que todas estas entidades, por razões diversas, estão acomodadas com o desempenho do governo, bem como do Presidente Marcelo.
    O receio da mudança, comanda a vida de muitos portugueses e sempre assim foi. Só não compreendo porquê tanto medo de um homem só! Marcelo, irá vencer as eleições. O receio (uma vez mais) é o prato forte dos portugueses. Então, o que pode impedir Ventura de agitar as águas, de apontar o dedo, de criticar o que devia ter sido feito e não foi, de apontar ligações muito perigosas entre o Presidente e personalidades não gratas neste país?
    Será que não dá para perceber que é extremamente importante aparecer alguém com este fulgor e determinação, com a coragem suficiente de dizer muitas verdades que o regime não quer ouvir?
    A perfeição não existe e Marcelo não é nem nunca será perfeito, mas intimamente deverá perceber que as palavras de ventura lhe bateram em cheio no seu ego supremo de grande populista, tal como ventura.
    Não perfilho muitas das propostas do Chega, nem muitas das suas formas de actuar.
    Da mesma forma não posso tolerar que o candidato Marcelo pretenda que os opositores se limitem a abanar a cabeça e a concordar com todas as evasivas que ele pretende fazer passar por decisões.
    O governo tem estado muito mal para aquilo que são os interesses legítimos dos portugueses e o presidente Marcelo, conscientemente, tem alinhado em todas (ou quase) todas as suas iniciativas.
    Mal iria portugal, se todos vissem para o mesmo lado.
    Marcelo, não ganhou este debate, mas tenho esperança que tenha ganho, pelo menos, mais consciência que pode e deve obrigatoriamente, fazer melhor no seu segundo mandato.

  17. “…preferência pelos pobres, pelos explorados, pelos oprimidos, pelos dependentes”. Esta foi uma frase de Marcelo, sobre a qual é pertinente perguntar: era este o espírito de Marcelo quando percorria os corredores do anterior regime, em Lourenço Marque e Lisboa ? Este artista tem a ousadia de se armar agora (porque lhe dá jeito) em defensor de gente desfavorecida, quando antes era um acérrimo defensor do Estado Novo, ao qual o seu próprio nome ficou conotado, via Marcelo Caetano ? Politicamente estamos falados sobre o que é capaz este indivíduo. Um perigoso manhoso que para chegar aos seus objetivos, não se importa (embora sub-reptíciamente) de vender a alma ao diabo.

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