Há deputados a desligar da ficha. Faltam mais de 12 meses para as eleições legislativas de 2019, mas há quem tema uma razia nas listas. O silêncio de 30 dias de Rui Rio fez soar o coro de críticas internas.
Nem os trinta dias de silêncio de Rui Rio fizeram com que os ânimos acalmassem dentro do PSD. Aliás, a boca fechada do social-democrata só motivou o coro de críticas internas – e há quem tema uma razia nas listas.
Ao SOL, um deputado que preferiu o anonimato assumiu: “há um fosso entre a direção do partido e a bancada”. A verdade é que o clima de instabilidade do partido é notória, até porque os contactos entre Rio e o grupo parlamentar resumem-se a menos de uma mão cheia de deputados: Fernando Negrão, Adão Silva, António Leitão Amaro e Carlos Peixoto.
Talvez seja por esse motivo que poucos antecipam o futuro do presidente do partido, ainda que haja quem arrisque dizer que Rio está tentado a seguir o exemplo de Manuela Ferreira Leite, nas listas de 2009, que vetou os cabeças de lista em distritos como Santarém (Miguel Relvas) ou Vila Real (Passos Coelho).
Estas propostas chumbadas incendiaram o partido, que saiu derrotado contra o então primeiro-ministro José Sócrates. Por ironia – ou não – os nomes vetados seriam os mesmos a tomar conta do PSD em 2010, após a saída de Manuela Ferreira Leite.
Paralelismos à parte, a verdade é que a vida não tem sido fácil dentro do PSD. Ainda assim, são poucos os que assumem publicamente as incertezas que se vive dentro do partido. “Tenho militantes que me falam com algum desalento, mas daí a haver uma revolta vai uma grande diferença. É preciso calma“, confidenciou ao jornal um dirigente local e antigo deputado, que também optou pelo anonimato.
Mas Carlos Carreiras, autarca de Cascais, decidiu pôr o dedo na ferida ao pedir a Rui Rio, num comentário no Facebook, que deixasse de “andar aos pontapés aos seus companheiros”. Na lista de opositores destacou-se Pedro Duarte, que se assumiu como candidato e pediu ao atual líder que saísse de cena.
Rui Rio não é popular entre os candidatos e o seu silêncio só veio piorar a sua situação. “O líder do PSD desapareceu durante episódios condenáveis do Governo”, aponta Paula Teixeira da Cruz, antiga ministra da Justiça, criticando a posição do social-democrata. Apesar de não estar sozinha e de outros ex-dirigentes do partido partilharem a mesma opinião, estes últimos não ousam tecer comentários depreciativos – pelo menos para já.
Certo é que faltam mais de 12 meses para as eleições legislativas de 2019, mas há quem receie uma razia nas listas. O nervosismo já se instalou na bancada, com alguns deputados a “desligarem-se da ficha”, como confidenciou ao SOL uma fonte parlamentar.
Ainda assim, a questão que se impõem acima de todas as outras é: quantos deputados irão resistir e entrar nas listas das Legislativas de 2019?
A resposta permanece em aberto enquanto que, por agora, as atenções se centram nos temas que Rui Rio irá abordar no conselho nacional do partido, no dia 12 deste mês, com a Saúde a ser um dos temas centrais.
O documento, que lança o debate para a reforma no setor, foi muito criticado internamente sobretudo pelo risco de o PSD ser acusado de querer privatizar o Serviço Nacional de Saúde (SNS). No entanto, e pelo que podemos constatar nas últimas semanas, a críticas e instabilidade interna está o PSD habituado.
O mundo selvagem do PSD tal como do PS algum dia vão acabar? quantos deputados sabem o que estão a fazer? quantos já apresentaram as suas ideias? o que estão a defender? são representantes do quê e de quem? o que fazem no parlamento? esta eu sei, estão a receber e terem no nome deputados, podem futuramente garantir um tacho muito melhor?
Pois …as questões colocadas por “eu” são pertinentes, até ao dia em que vivermos em “Democracia”, na versão actualmente praticada.
Por isso acho bem que no PSD se verifique algum nervosismo, na perspectiva de que o “tacho” pode acabar.
Mas ainda falta 1 ano para as eleições legislativas, pelo que esta “notícia” – mesmo que fundamentada – é JAVARDICE.
O que é “limpo” é que a “mama” pode acabar e isso aplica-se a todos os partidos, com “tremideira” ou sem ela.
É PRECISO QUE ACORDEM e FAÇAM ALGO, “NÃO HÁ CÚ QUE AGUENTE” o PALAVREADO só partidário.