Necrópole em Nápoles esconde arte grega rara. É a nova atração turística da cidade

Ipogeo dei Cristallini

Ipogeo dei Cristallini

Uma antiga necrópole em Nápoles esconde obras de arte grega raras. O Ipogeo dei Cristallini vai abrir ao público em junho.

O Ipogeo dei Cristallini — ou Hipogeu da Rua Cristallini — faz parte de uma antiga necrópole localizada em Nápoles, que serviu de cemitério entre o helenismo e o Império Romano.

Um hipogeu é qualquer edifício antigo, ou parte de uma estrutura construída no subsolo, normalmente na forma de um templo ou túmulo subterrâneo.

As câmaras funerárias só podem ser acedidas através de uma escada dentro do Palazzo di Donato, na Via dei Cristallini.

Segundo o Ancient-Origins, a necrópole vai abrir ao público em junho, tornando-se a nova atração turística da cidade italiana.

A área da necrópole de Nápoles tem uma escada que desce até ao subsolo e que leva a quatro áreas de túmulos diferentes, cada uma com a sua própria entrada distinta. A grandiosidade dessas entradas ornamentadas indica que os túmulos eram para as elites gregas.

Com o tempo, a necrópole desapareceu debaixo de camadas profundas de cinzas vulcânicas. Só nos anos 60 é que a necrópole napolitana foi redescoberta.

As espessas camadas de cinza são a razão pela qual os túmulos e os murais gregos estão tão bem preservados.

Citado pela CNN, Luigi La Rocca, responsável pelo património de Nápoles, diz que esta foi a descoberta “mais importante” já feita em Nápoles ao longo de toda a sua história.

Os hipogeus são melhor descritos como câmaras construídas para se parecem com salas completas com bancos, escadas e vigas de teto falso. Até os sarcófagos tinham almofadas esculpidas em rocha.

“A pintura grega está quase completamente perdida — mesmo na Grécia não resta quase nada de pintura, embora saibamos de fontes que era importante. Basicamente, não resta nada de nada pintado em madeira ou móveis, e há muito pouca pintura de parede”, disse Federica Giacomini, do Instituto Superior de Conservação e Restauro, à CNN.

Daniel Costa, ZAP //

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