“Em grandes quantidades e rapidamente”. NATO pede mais armas para atacar a Rússia

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Sergey Dolzhenko / EPA

O secretário-geral da NATO Jens Stoltenberg e o presidente da Ucrânia Volodymyr Zelenskyy

O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, incentivou, esta sexta-feira, as empresas de armamento dos países da Aliança Atlântica a acelerar a produção para continuar a satisfazer as necessidades da Ucrânia na guerra com a Rússia.

O Chefe da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) está a pedir aos aliados maior rapidez na produção de armas.

“A coragem, por si só, não detém os drones. Só o heroísmo não interceta os mísseis”, disse Jens Stoltenberg, numa mensagem transmitida por videoconferência, ao primeiro Fórum Internacional da Indústria da Defesa de Kiev.

Desde que a Rússia invadiu a Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, os aliados ocidentais têm fornecido armamento às forças ucranianas, que têm em curso uma contraofensiva no sul e no leste do país.

“A Ucrânia precisa de capacidades. De alta qualidade. Em grandes quantidades e rapidamente”, disse Stoltenberg, citado pela agência espanhola EFE.

O chefe da NATO recordou que muitos dos 31 países da aliança tiverem de reduzir os respetivos arsenais para poder armar a Ucrânia.

Temos de aumentar a produção, tanto para satisfazer as necessidades da Ucrânia como para garantir a nossa dissuasão e defesa”, afirmou o político norueguês.

“A Ucrânia inovou à velocidade da luz”

Stoltenberg, que visitou Kiev esta quinta-feira, elogiou a indústria de defesa ucraniana pela capacidade de inovar, de transferir a produção para zonas menos expostas aos ataques russos e de adotar as normas da NATO em plena guerra.

“Dos drones à desminagem, a Ucrânia inovou à velocidade da luz. Todos nós temos muito a aprender com a Ucrânia”, disse aos representantes de 160 empresas de 26 países que participam no fórum em Kiev.

Os líderes da NATO decidiram em junho, numa cimeira na Lituânia, simplificar o processo de adesão da Ucrânia à organização transatlântica de defesa e reforçar os laços políticos com Kiev, levando o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskyy a proclamar uma “vitória de segurança significativa“.

A Ucrânia anunciou, esta sexta-feira, que discutiu com a França a possibilidade de uma produção ou compra conjunta de armas.

O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa ucraniano, Rustem Umérov, após conversações em Kiev como o homólogo francês, Sébastien Lecornu.

No âmbito da visita de Lecornu, representantes da indústria de defesa dos dois países assinaram um memorando que “cria um quadro jurídico para a celebração de contratos” para a produção de equipamento militar, segundo Umérov.

“Isto contribuirá também para aprofundar a cooperação técnico-militar, entre outros domínios, no desenvolvimento de projetos conjuntos de alta tecnologia”, acrescentou, num comunicado divulgado nas redes sociais.

ZAP // Lusa

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6 Comments

  1. Até onde chega o cinismo da OTA enquanto os ucranianos morrem para satisfazer o ego de um actor metido a presidente quemais não é que um lacaio da elite belicista americana

  2. Em países onde a produção de material de guerra está no sector privado, não se espere que haja quem queira fazer investimentos de milhares de milhões de euros apenas para satisfazer uma necessidade de curto prazo. Se os países da NATO querem produzir mais material de guerra, terão de ser os sectores públicos a fazer os necessários investimentos. À cussta dos contribuintes.

  3. Se a Espanha nos invadisse, como noutros tempos da nossa história, também falava em satisfação de egos?
    Essa é a ladainha do PCP que nas próximas legislativas vai desaparecer do parlamento como o CDS.
    Depois o Paulo Raimundo vai jogar à bisca lambida com o Nuno Melo!

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