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“Não há recuo nenhum.” Cravinho mantém objetivo de unidade de cuidados continuados no Hospital Militar de Belém

Rodrigo Antunes / Lusa

O ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho

O Hospital Militar de Belém (HMB) foi retirado da lista de imóveis para venda, mas vai mesmo ser usado como unidade de cuidados continuados e pode ser entregue à autarquia e à Santa Casa da Misericórdia de Lisboa. 

“Não há recuo nenhum”, reagiu João Gomes Cravinho às interpretações de que o Executivo teria cedido nos seus planos. “O que disse por diversas vezes na Assembleia da República [comissão parlamentar de Defesa Nacional] era sobre a criação de uma unidade de cuidados continuados”, um projeto que envolveria a Câmara Municipal de Lisboa e a Santa Casa da Misericórdia.

Sobre o despacho conjunto do secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz, e do secretário de Estado Adjunto da Defesa, Jorge Seguro Sanches, o ministro da Defesa disse, ao Público: “Tive de retirar o Hospital de Belém da Lei de Infra-Estruturas Militares”.

Na prática, o Hospital Militar de Belém foi retirado da lista de edifícios a alienar, um asso necessário para a sua reafetação para uso militar.

O Hospital das Forças Armadas (HFAR) fica agora encarregue de escolher e estabelecer as parcerias, sendo que, no despacho, é afirmada a necessidade de diálogo com a Câmara de Lisboa para aferir das intenções do município.

Cravinho mencionou também a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa ou outras entidades, como a União das Misericórdias. “Não tenho notícia de interesses de privados. A nossa preocupação é a de não haver custos acrescidos para o hospital.”

Segundo o governante, o objetivo é a instalação de uma unidade de cuidados continuados, com uma ala reservada aos antigos combatentes.

O Hospital Militar de Belém (HMB) foi retirado da lista de estruturas militares disponíveis para rentabilizar, de acordo com um despacho publicado esta segunda-feira.

Segundo o despacho publicado em Diário da República, assinado pelo secretário de Estado do Tesouro, Miguel Cruz, e pelo secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional, Jorge Seguro Sanches, a “experiência deste último ano e meio”, devido à pandemia da covid-19, “revelou a importância de manter aquele imóvel no domínio militar”.

Assim, pode ler-se, tendo em conta a “alteração de objetivos estratégicos para o imóvel designado por PM 7/Lisboa – Hospital Militar de Belém”, este “deixa de estar disponível para rentabilização no âmbito da Lei das Infraestruturas Militares”.

ZAP //

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