Em março, Fabien Cohen-Ganouna, com 79 anos e imunodeprimido, foi hospitalizado devido a uma fratura na anca. Apesar de ficar numa sala de pressão negativa para evitar contágios, alguns dos profissionais de saúde que o trataram tinham covid-19 e transmitiam-lhe o vírus, acabando este por morrer.
“É um crime que os profissionais de saúde não sejam vacinados”, indicou a filha, Johanna Cohen-Ganouna, ao Parisien, citado pelo Observador, frisando que caso “estivessem protegidos contra a doença” o pai estaria vivo. Fabien Cohen-Ganouna já tinha tomado duas doses da vacina contra a covid-19.
A mulher quer processar o primeiro-ministro, Jean Castex, pelo desleixo e falta de cuidados no hospital, buscando uma indemnização para “honrar a memória” do pai e fazer justiça “a todas as famílias a que isto aconteceu”. “Espero que a vacinação passe a ser obrigatória para os profissionais de saúde que lidem com pacientes imunodeprimidos”, disse.
Durante o tempo em que esteve internado hospital Albert-Chenevier, em Créteil, Paris, Fabien Cohen-Ganouna não recebeu visitas devido ao perigo de contrair alguma doença. Contudo, nos seus “últimos dias de vida”, a filha conseguiu visitá-lo, mas viu que os “profissionais de saúde nem sequer utilizavam máscara”.
O pedido de indemnização não busca responsabilizar os profissionais de saúde que transmitiram a doença, mas sim o governo, por não obrigar que estes sejam vacinados. De acordo com o advogado da família, “92% dos médicos estão vacinados, mas apenas 55% dos profissionais de saúde estão inoculados”.
Coronavírus / Covid-19
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isto não faz qualquer sentido, até porque, afirmam as autoridades, ter estas vacinas não impede os contágios nem a sua propagação.