Mudanças à vista na Área Metropolitana do Porto. Metade dos autarcas vão sair em 2025

Estela Silva / Lusa

Rui Moreira termina o terceiro mandato e não pode ser reeleito em 2025

Devido à limitação de mandatos, oito concelhos vão ter novo Presidente da Câmara nas eleições autárquicas de 2025. Com as atenções viradas para Porto e Gaia, a Operação Babel pode comprometer vantagem do Partido Socialista (PS) no Porto.

As eleições autárquicas de 2025 vão trazer novidades, com metade dos presidentes de Câmara da Área Metropolitana do Porto a verem-se obrigados a abandonar o cargo devido à limitação de mandatos.

Num total de 17 concelhos, as Câmaras do Porto e Gaia estão entre os oito que vão ter novo presidente em 2025, com as saídas de Rui Moreira (independente) e Eduardo Vítor Rodrigues (PS).

Na Área Metropolitana do Porto, outros dois autarcas do PS (Valongo e Gondomar), três do PSD (Póvoa do Varzim, Trofa e Santa Maria da Feira) e um do CDS-PP (Vale de Cambra) estão também a cumprir o terceiro e último mandato.

Em seis dos concelhos está a ser cumprido o segundo mandato. Cinco (Santo Tirso, Paredes, Matosinhos, Arouca e Oliveira de Azeméis) são do PS e só Maia pertence ao PSD.

Autarcas não podem ser reeleitos, mas as trocas de concelho são admitidas. Aliás, alguns dos autarcas obrigados a afastar-se já admitiram a possibilidade de transitar para outro município.

O Presidente de Gondomar e socialista, Marco Martins e o presidente de Santa Maria da Feira, Emídio Sousa, são alguns exemplos.

O PS, que detém 11 das 17 câmaras da Área Metropolitana do Porto, parte em vantagem para as autárquicas de 2025 e mantém o favoritismo para vencer no Porto, apesar do objetivo do PSD, que detém apenas quatro das 17 autarquias, passar por recuperar a presidência.

Segundo o JN, o líder do PSD/Porto, Sérgio Humberto, o partido vai apontar para os concelhos com autarcas socialistas em fim de linha, como é o caso de Valongo, Gondomar e Gaia. A par da renovação de mandatos nos concelhos de Felgueiras, Marco de Canaveses e Paços de Ferreira, o Porto, independente, também é um dos objetivos do partido social-democrata. Humberto, que vai abandonar a Trofa, ainda não decidiu o futuro.

Operação Babel abre caminho ao PSD?

A situação do sucessor de Vítor Rodrigues, Patrocínio Azevedo, que se encontra em prisão preventiva por consequência da Operação Babel, pode comprometer a posição do PS como líder em Gaia e abrir portas ao PSD para a reconquista da autarquia.

O caso do Vice-Presidente da Câmara de Vila Nova de Gaia, suspeito de corrupção, atingiu outros possíveis candidatos socialistas ao lugar de Vítor Rodrigues, como o presidente da Metro do Porto, Tiago Braga, suspeito de envolvimento no caso.

Eduardo Vítor Rodrigues, também ele constituído arguido por suspeitas de favorecimentos em contratações de um militante socialista, seria uma possibilidade para resgatar o Porto.

ZAP //

 

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