“Trolls de direita”. Mariana Mortágua só é arguida por “insistência” de candidato do Chega

A deputada do Bloco de Esquerda (BE), Mariana Mortágua.

Mariana Mortágua foi constituída arguida por ter acumulado o subsídio de exclusividade no Parlamento com o pagamento por comentários na SIC. Após o arquivamento do processo, a deputada critica a “insistência” do denunciante que é candidato do Chega e do seu advogado que foi “condenado por burla”.

O Ministério Público (MP) tinha arquivado a queixa, mas o queixoso, Luís Gonçalves Pereira que foi candidato do Chega em Lisboa nas últimas eleições legislativas, e o seu advogado, Rui Santana, contestaram o arquivamento, pedindo a abertura de instrução no Tribunal Central de Instrução Criminal, como avança a CNN Portugal.

Assim, Mariana Mortágua foi automaticamente constituída arguida, respondendo pelos crimes de peculato e recebimento indevido de vantagem.

A deputada do Bloco de Esquerda (BE) devolveu o dinheiro que recebeu de forma indevida durante cinco meses, entre Outubro de 2020 e Março de 2021, e corrigiu o seu registo de interesses na Assembleia da República. Foi nessa sequência que o MP arquivou o processo.

O BE fala em “perseguição política” e Mariana Mortágua queixa-se do comportamento do queixoso e do seu advogado numa publicação no Twitter.

“O Ministério Público arquivou a queixa, mas eles insistem em contestar o arquivamento. Por isso sou arguida. Quem mobiliza o processo? Rui Santana, quatro vezes condenado por burla, e Gonçalves Pereira, candidato Chega”, nota Mortágua naquela rede social.

A deputada também partilha no Twitter uma notícia do Expresso dando conta da condenação de Rui Santana a cinco anos de prisão por ter ficado com mais de 40 mil euros de uma cliente. Apesar de ter sido a quarta condenação do advogado, o Tribunal de Almada decretou uma pena suspensa e, por isso, continua a exercer.

ZAP //

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