/

Morreu Winnie Mandela

archivesmontreal / Flickr

Nelson e Winnie Mandela

A ex-mulher do antigo Presidente sul-africano morreu, esta segunda-feira, com 81 anos, num hospital de Joanesburgo, após “doença prolongada”, anunciou o seu porta-voz.

“É com grande tristeza que informamos que a senhora Winnie Madikizela Mandela morreu no hospital de Milkpark de Joanesburgo, segunda-feira, 2 de abril”, anunciou Victor Dlamini num comunicado.

A política e ativista, segunda esposa do ex-Presidente sul-africano Nelson Mandela, sofreu uma infeção nos rins pela qual foi hospitalizada e recebeu alta no dia 20 de janeiro.

“Morreu após uma longa doença, pela qual foi hospitalizada várias vezes desde o princípio do ano. Morreu pacificamente às primeiras horas da tarde de segunda-feira, rodeada da família e dos entes queridos”, acrescentou o porta-voz.

Lutou corajosamente contra o ‘apartheid’ e sacrificou a sua vida pela liberdade do país. Manteve viva a memória do marido, Nelson Mandela, enquanto esteve preso em Robben Island e ajudou a dar à luta pela justiça na África do Sul uma das suas faces mais reconhecíveis”, afirmou ainda o representante.

Nascida a 26 de setembro de 1936 na província do Cabo Oriental (sul), obteve aos 19 anos um diploma como assistente social, uma exceção para uma mulher negra na altura. Casou-se com Nelson Mandela em junho de 1958, ela com 21 anos, ele um divorciado e pai de família com quase 40.

O casal separou-se em 1992, dois anos depois da saída de “Madiba” da prisão, depois de 27 anos detido, e dois anos antes de se tornar no primeiro Presidente negro da África do Sul. O divórcio tornou-se oficial em 1996, no final de um longo processo de revelação de infidelidades de Winnie.

Foi uma das figuras destacadas do ativismo anti-‘apartheid’ após a prisão do então marido, mas caiu em desgraça depois do fim do regime, com acusações de tortura e um processo por fraude.

Em 1991, é julgada e condenada a seis anos de prisão, posteriormente comutados numa multa, pelo rapto de um jovem militante, Stompie Seipei. Em 1998, a Comissão de Verdade e Reconciliação, encarregada de julgar os crimes políticos no ‘apartheid’, considerou-a “politicamente e moralmente culpada de enormes violações dos direitos humanos”.

ZAP // Lusa / EFE

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.