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Morreu Teodora Cardoso

Miguel A. Lopes / Agência Lusa

A economista e primeira presidente do Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardoso, morreu hoje em Lisboa aos 81 anos, disse à Lusa fonte do Banco de Portugal.

A antiga presidente do Conselho de Finanças Públicas, Teodora Cardoso, uma das figuras mais notáveis da economia portuguesa, faleceu hoje, aos 85 anos.

A sua carreira foi marcada pela dedicação incansável ao desenvolvimento económico e financeiro de Portugal, tendo servido em vários cargos importantes nas últimas décadas.

Nascida em 1938, Teodora iniciou a sua carreira no Banco de Portugal, onde desempenhou várias funções, tendo culminado a sua carreira na instituição como membro do Conselho de Administração.

Teodora Cardoso representou Portugal na Europa com distinção. Fez parte do Comité Monetário Europeu, onde teve um papel ativo nas negociações que conduziram à criação do euro.

No entanto, para muitos portugueses, Teodora será mais lembrada pelo seu papel à frente do Conselho das Finanças Públicas (CFP), órgão independente encarregado de monitorizar e avaliar as finanças públicas de Portugal, criado durante o governo de Pedro Passos Coelho.

Sob a sua liderança, o CFP tornou-se uma instituição respeitada, tanto a nível nacional como internacional, pela sua análise económica rigorosa e imparcial. Em 2016, afirmou que a sua “ideologia” era a racionalidade económica.

Os seus colegas elogiavam frequentemente a sua integridade, clareza de pensamento e capacidade de comunicar questões complexas de forma acessível.

Nas suas intervenções públicas mais recentes, a economista considerou que o chumbo do OE em 2021 abria uma oportunidade de “viragem” económica no país em 2022, que Mário Centeno não devia ter ido logo para o Banco de Portugal, e que o OE2021 era “um péssimo orçamento“, que iria causar estragos.

Numa das suas intervenções mais polémicas, em 2014, nas Jornadas parlamentares do PSD, sugeriu que se poderia taxar os levantamentos de dinheiro.

Teodora Cardoso deixa um legado duradouro na economia portuguesa e será lembrada como uma das grandes mentes financeiras do país.

ZAP //

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