O presidente da Associação Empresarial de Portugal (AEP), membro do conselho geral da CIP – Confederação Empresarial de Portugal e presidente do conselho fiscal do FC Porto Paulo Nunes de Almeida, morreu hoje aos 60 anos, vítima de doença.
“Nesta última homenagem, a AEP recorda Paulo Nunes de Almeida como uma figura de referência, cujo trabalho muito contribuiu para a afirmação da imagem das empresas portuguesas. Um ser humano e um profissional que deixa uma marca no mundo empresarial português”, lê-se numa nota divulgada pela associação empresarial.
Nunes de Almeida, que dedicou mais de três décadas da sua vida à atividade empresarial e ao associativismo, era desde 2014 o 30º presidente da AEP, tendo sido reeleito em 27 de junho de 2017 para um segundo mandato, que iria terminar em 2020.
Em 14 de maio passado, foi distinguido pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, com a Grã-Cruz da Ordem de Mérito Empresarial – Classe do Mérito Industrial.
“Reconhecido nos meios empresariais e políticos pela sua invulgar capacidade de gerar consensos, deixa uma marca forte no associativismo, nomeadamente em áreas fundamentais para a economia portuguesa como a internacionalização, o empreendedorismo e a formação profissional”, destaca a associação, recordando que na sua última tomada de posse afirmou: “A AEP nunca foi um peso. Antes pelo contrário, foi a vitamina que me fortaleceu e a adrenalina que me estimulou”.
Paulo Nunes de Almeida sucedeu na presidência da AEP a José António Barros, com quem trabalhou durante dois mandatos como vice-presidente, tendo sido também o primeiro presidente da Fundação AEP, desde o seu reconhecimento em 13 de agosto de 2010, cargo que abandonou em abril de 2019 para dar lugar ao vice-presidente da associação, Luís Miguel Ribeiro.
Além da presidência da AEP, Paulo Nunes de Almeida era membro do Conselho Geral da CIP, cujo presidente, António Saraiva, o recorda numa mensagem de condolências como “um homem de causas” e “um dirigente como poucos”.
“Perdemos hoje um dos nossos melhores. A CIP, a AEP, o movimento associativo e a sociedade portuguesa ficaram hoje substancialmente mais pobres”, refere, testemunhando a sua “profunda paixão e dedicação às organizações que dirigia, honrando e dignificando com entrega e devoção a luta pela edificação do associativismo empresarial”.
Descrevendo Nunes de Almeida como “um amigo tão característico como a essência da cidade do Porto que tanto amava: sempre invencível, sempre leal, sempre sincero”, António Saraiva afirma que “nada o detinha, nada o parava, nada o desfocava da luta pelo movimento associativo”.
“O seu exemplo perdurará. O seu legado ficará escrito a letras de ouro. Enquanto tivermos memória, ele será para sempre lembrado como uma referência maior do associativismo empresarial. Ele fez tudo a bem de Portugal”, remata.
Desde 2008 Paulo Nunes de Almeida era também presidente do Conselho Fiscal do FC Porto e da Futebol Clube do Porto – Futebol, SAD, tendo desempenhando funções em várias instituições nas áreas da cultura, solidariedade social, defesa do consumidor e desporto.
Numa nota à imprensa, o FC Porto lembra que Paulo Nunes de Almeida “tinha sido distinguido com um Dragão de Ouro, na categoria de Dirigente do Ano”, em 2012.
ZAP // Lusa