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Morreu a escritora britânica e Nobel da Literatura Doris Lessing

Doris Lessing (foto: Elke Wetzig / wikimedia)

Doris Lessing (foto: Elke Wetzig / wikimedia)

A escritora britânica Doris Lessing, prémio Nobel da Literatura em 2007, morreu aos 94 anos de idade, divulgou hoje o agente da autora, Jonathan Clowes, citado pelas agências internacionais.

Nascida a 22 de outubro de 1919 em Kermanshah na Pérsia, atualmente Irão, Doris Lessing é autora de uma obra vasta e diversificada com cerca de 50 títulos. Ficou conhecida pela sua militância de esquerda, mas também pelas suas posições anti-apartheid, anti-colonialistas e feministas.

“Ela partiu na paz da sua casa em Londres esta manhã”, afirmou o agente e amigo da escritora.

“Ela era uma escritora maravilhosa, com um espírito fascinante e original. Foi um privilégio trabalhar com ela e ela vai fazer muita falta”, acrescentou Jonathan Clowes.

Em 2007, Doris Lessing, então com 87 anos, foi reconhecida com o Nobel da Literatura, tendo sido a mulher mais velha de sempre a receber tal galardão.

Na altura, a escritora foi descrita pela academia Nobel como “um exemplar de experiência feminina que, com ceticismo, fogo e poder visionário, sujeitou uma civilização dividida ao escrutínio”.

A escritora tem várias obras publicadas em Portugal, entre os quais “Amar de novo” (1997) e os dois volumes de “Os diários de Jane Somers” (1990).

“A Boa Terrorista” (1989), “O quinto filho” 1989), “A erva canta” (1990), assim como várias obras de ficção científica como “Experiências Sirianas” (1985), “Shikasta” (1985) ou “A formação do representante do planeta 8” (1985) são outros títulos da autora disponíveis em português.

A obra “Gatos e mais Gatos” (1995) e o “Caderno Dourado” (1962) também foram publicados em Portugal.

Na opinião das escritoras Maria Teresa Horta e Lídia Jorge, Doris Lessing “foi uma das grandes vozes literárias do século XX”.

Nascida a 22 de outubro de 1919 em Kermanshah, na Pérsia, atualmente Irão, Doris Lessing é autora de uma obra vasta e diversificada com cerca de 50 títulos e ficou conhecida pela militância de esquerda e pelas suas posições anti-apartheid, anticolonialistas e feministas.

Filha de pais britânicos, um antigo oficial do exército britânico e uma enfermeira, Doris Lessing cresceu na Rodésia (atual Zimbabué), onde a família se instalou numa quinta quando tinha cinco anos, tendo este período marcado algumas das suas obras.

Foi impiedosa nas críticas aos governos da África do Sul e do Zimbabué, tendo sido proibida de entrar nos dois países. A interdição na África do Sul durou entre 1956 e 1995.

/Lusa

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