Moradores das Maurícias estão a cortar o seu próprio cabelo para para tentar minimizar os danos causados pelo derrame de petróleo de um navio janponês encalhado nos recifes de coral ao largo da ilha.
Estima-se que uma tonelada de petróleo da carga de um navio japonês de quatro toneladas já tenha escapado para o mar, segundo as autoridades.
O país declarou estado de emergência e em causa pode estar um desastre ecológico.
Enquanto o Governo tenta obter ajuda internacional, os moradores tentam ajudar de outra forma: estão a criar barreiras caseiras para conter o petróleo, usando palha, folhas de cana-de-açúcar E cabelos humanos que são depois colocados em sacos de tecido.
“Os cidadãos estão a construir quilómetros de barreiras flutuantes para conter o derrame de petróleo (…) estamos a fazê-lo com folhas de cana-de-açúcar, mas também com cabelo, uma vez que o cabelo é um ótimo absorvente de petróleo“, disse à BBC Joanna Berenger, parlamentar das Maurícias, que cortou o seu cabelo para ajudar.
Na verdade, o cabelo é uma ferramenta perfeita para ajudar a conter um derrame de petróleo, uma vez que é lipofílico, isto é, repele a água, mas é capaz de se ligar a qualquer outro composto feito a partir de petróleo ou outro óleo, sendo por isso útil na separação entre os dois – na prática, tem afinidade química com as gorduras.
Segundo Berenger, um quilograma de cabelo pode absorver 8 litros de petróleo.
Ao longo dos anos, vários cientistas sugeriram já utilizar cabelo, seja este de origem humana ou animal, para absorver derrames de petróleo, recorda o IFL Science.
Um estudo da NASA publicado no final da década de 1990 concluiu que 11.340 quilogramas de cabelo podem ser suficientes para absorver 170.000 barris de petróleo derramado e que um barril pode ser absorvido em menos de um minuto.
Os moradores locais estão agora a ser incentivos a cortar e a doar os seus cabelos à causa, havendo salões de cabeleireiro a oferecer os cortes de cabelo a quem quiser participar na iniciativa. França, antiga governante colonial da ilha, também se juntou à causa e prevê fazer chegar às Maurícias 20 toneladas de cabelo.
O primeiro-ministro, Pravind Jugnauth, declarou o estado de emergência e apelou à ajuda internacional, adiantando que o derrame “representa um perigo” para o país de 1,3 milhões de pessoas, que depende fortemente do turismo e foi já fortemente prejudicado pelas restrições de viagem causadas pela pandemia de covid-19.
E que tal a companhia detentora do navio ter de implementar um plano para a resolução do incidente?
Panaceias têm o seu impacto na comunicação social, ainda assim, é necessário que os responsáveis resolvam a questão asap. (embora os danos causados até ao momento sejam irreparáveis)
Os responsáveis têm que começar a pagar bem caro.
E aqui não há imunidades diplomáticas nem outras.
Os custos e resolução imediata terão que ser imputados aos responsáveis.
Que mundo de animais humanos…
E nós no meio deles !……quanto aos verdadeiros Animais, eles não fazem javardices destas !