A agência de notação financeira Moody’s alertou esta terça-feira para os riscos que “a debilidade” da banca nacional coloca a Portugal e reafirmou que o défice se deverá fixar nos 3,0%, acima das previsões governamentais de 2,2%, criticando que as reformas estruturais aplicadas não estão a fortalecer a economia.
Numa nota sobre a qualidade de crédito de Portugal, a agência de rating refere que, nos últimos anos, o desempenho orçamental do país tem sido afetado de forma negativa pela necessidade do Estado injetar capital em vários bancos e salienta que o Governo pode ter de voltar a capitalizar a Caixa Geral de Depósitos este ano.
“A constante debilidade da banca continua a ser um risco para a notação de crédito de Portugal”, indica a Moody’s. Uma avaliação que surge depois da notícia de que o governo já aprovou uma injecção de quatro mil milhões de euros na CGD.
Na nota emitida pela agência de rating, que é citada pelo Dinheiro Vivo, é ainda feita a comparação com Espanha, relevando-se que “a economia de Portugal continua a crescer de forma muito mais moderada que outros países da periferia”.
“O crescimento económico não vai dar grande apoio à consolidação orçamental planeada e à redução do elevado rácio de dívida pública”, frisa ainda a Moody’s, apontando que as reformas estruturais dos últimos anos “não estão a mostrar resultados na forma de uma economia mais resiliente e mais forte”.
A agência também refere que, embora o rácio de dívida pública, que se situa nos 129% do PIB, continue estável, é um dos mais elevados dos países que analisa.
Além disso, vaticina ainda que haverá uma “queda gradual deste rácio nos próximos anos”, também alerta que “esta correcção será vulnerável a derrapagens orçamentais ou a um fraco crescimento económico”.
ZAP / Lusa
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