O que Rui Rio fará quando for chamado a pronunciar-se sobre o futuro do aeroporto do Montijo é uma incógnita. A pressão atira-a para o Governo e para a esquerda.
Algumas Câmaras, como a do Seixal e a da Moita, mostraram-se objetivamente contra a construção do novo aeroporto do Montijo. Para contornar o parecer negativo destas autarquias, o ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, sugeriu uma alteração à lei que permitisse ultrapassar o veto dos autarcas.
Bloco de Esquerda, PCP e PEV, pelo menos, já garantiram que são contra qualquer mudança e que, nesse sentido, vão inviabilizar a iniciativa do Governo socialista.
Ora, a confirmar-se este chumbo da Esquerda, os socialistas não têm outra opção senão virar-se para o PSD para a norma ser aprovada. Tal como o semanário Expresso avançou no sábado, os primeiros passos já foram dados por Pedro Nuno Santos, que contactou diretamente o líder social-democrata no sentido de o convencer a dar uma mãozinha ao Governo socialista.
Rui Rio não abre a boca e mantém tudo em aberto. Ao Expresso, fonte do gabinete do líder do PSD disse que, se esta questão chegar ao Parlamento, todos os fatores serão colocados na balança: quer a vontade das autarquias, quer a importância estratégia desta obra para o país. Segundo o matutino, basta a abstenção do PSD para fazer aprovar no Parlamento a alteração à lei.
Mas Rio não ficou agradado com as notícias que davam conta que o PSD tinha nas mãos o futuro do Montijo. No Twitter, reagiu: “Porque é que no caso específico do aeroporto do Montijo se noticia que a solução está nas mãos do PSD? Se o assunto for à AR para votação, o PSD só terá, como é lógico, 79 deputados. Ou será que nessa sessão podemos meter mais alguns? Ou os outros vão abandonar o plenário?”
Para o social-democrata, a responsabilidade deste impasse recai no PS e nos partidos à esquerda.
Rui Rio nunca escondeu as reservas que sempre teve em relação ao aeroporto do Montijo. No debate pré-eleitoral, o líder disse, inclusivamente, que os sociais-democratas inscreveram no programa eleitoral a “reapreciação da solução Alcochete“, mesmo que tal obrigasse “a uma renegociação das condições contratuais da concessão”.
Depois de a Agência de Proteção Ambiental (APA) ter viabilizado o projeto mediante a adoção de medidas mitigadoras do impacte ambiental, no final de outubro, Rui Rio deu o caso como encerrado.
“A Declaração de Impacte Ambiental (DIA) é um documento técnico, eu não sou técnico. Tenho de acreditar nos técnicos, se for possível cumprir a DIA e fazer as obras com os cuidados que é necessário, por mim tudo bem”, disse na altura.
Este Rui rio não passa de um cata-vento, um politico sério não espera para ouvir os outros para dizer a sua opinião seja sobre que assunto for, se fica calado á espera de tomar uma posição só depois de ouvir qual a corrente de vento mais forte para depois alinhar pela corrente do vento só mostra que como homem não tem ideia própria anda ao sabor das suas conveniências, a esses homens chamo de cata-ventos, todos nós temos uma opinião própria independente do que as direções partidárias.