Um aspecto pouco ou nada comentado, na decisão de escolher Maria Luís Albuquerque para ser candidata a Comissária Europeia.
A escolha de Maria Luís Albuquerque para ser candidata a Comissária Europeia não foi propriamente uma grande surpresa.
“Não é o primeiro nome que viria à cabeça. Mas já vinha a ser falado”, recordou Mafalda Pratas, na rádio Observador.
A especialista em ciência política diz que se “percebe a escolha” de Luís Montenegro, primeiro, porque Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, quer uma estrutura com igualdade entre homens e mulheres – e muitos poucos países escolheram mulheres.
Mafalda acha que houve uma reacção generalizada “desproporcional, exagerada” a este anúncio, para uma função “mais burocrática do que executiva, não é muito relevante. Parece que foi seleccionada para governadora do Banco Central Europeu”, continuou.
A comentadora lembrou que, enquanto ministra das Finanças, Maria Luís esteve muito condicionada pela troika e pelo contexto mundial daquela altura: “Culpá-la é um bocadinho excessivo. Todos os membros do Governo estavam sujeitos a isso”.
Em relação a conflitos de interesse: “Existem em quase todas as nomeações políticas”.
Passos Coelho
Mas Mafalda Pratas destacou um aspecto nesta decisão que passou um pouco despercebido ao longo desta semana.
“É uma decisão mais doméstica do que sobre política europeia”, começou por dizer.
E Pedro Passos Coelho entrou nesta análise: “Foi uma forma de enfraquecer Pedro Passos Coelho, tirar-lhe o tapete a futuras ambições autónomas dentro do PSD, quer presidenciais, quer noutro tipo de cargos, como líder do PSD”.
Montenegro quis “tentar apagar um pouco essa chama, mostrar que o PSD está a seguir em frente”.
Maria Luís Albuquerque era alguém muito ligado ao antigo primeiro-ministro. Agora é escolhida pelo actual primeiro-ministro: “Luís Montenegro quis mostrar que os quadros ligados a Passos Coelho são quadros do PSD, do país, não são completamente fiéis apenas à personalidade Pedro Passos Coelho. Quis tentar apagar uma potencial concorrência interna que lhe pode trazer problemas”.
Já na campanha eleitoral, a visibilidade de Passos Coelho “feriu um pouco” Luís Montenegro, segundo a especialista.
Conversa para boi dormir.
Se o PM em funções tivesse a coragem do ex-PM – PPC, estávamos muito bem servidos. Assim, vamos ver, apesar de até agora não ter sido mau de todo. Mas podia, e devia, ter sido muito melhor.
Estava agora a folhear um livro cá em casa encontrei 60mil euros, foram os angolanos
Como é que te correu hoje a marcha pela remigração, Paulinho? Fizeste novos amigos?
Antes era “eles comem tudo, eles comem tudo.. “, agora como já não há muito para comer é *comem-se todos, comem-se todos… ”
Olhar para isto tudo é muito giro!
Sim, sim..grande análise..até se podem apanhar mais moscas com mel do que com fel, mas esta escolha nada tem de mel..mas pronto. Vamos ver como se desenrola esta e outras escolhas unilaterais