Montenegro não gostou daquela imagem no Martim Moniz. E nunca associou imigração a insegurança

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Miguel Pereira da Silva / Lusa

No entanto, já houve imagens semelhantes noutros tempos, lembra o primeiro-ministro. Tendência de criminalidade grave é de decréscimo.

Luís Montenegro admitiu pela primeira vez que não gostou do que viu no Martim Moniz. Não gostou daquela imagem de dezenas de pessoas encostadas à parede por parte da polícia – e que tem originado muitas críticas.

“Sou muito honesto: também não gostei de ver. No sentido visual, não gostei de ver. É uma situação anómala, que não é o dia-a-dia“, começou por dizer.

No entanto, já houve imagens semelhantes noutros tempos, lembra o primeiro-ministro. “Já vi muitas imagens” como aquelas, como aliás tem sido espalhado pelas redes sociais nos últimos dias, com exemplos de jovens encostados após saídas nocturnas.

E o primeiro-ministro disse que não viu ali “nenhum desrespeito pela dignidade das pessoas. Não tendo falado com ninguém, repito, aquilo que me pareceu foi que estávamos na presença de uma medida de operacionalidade que não tinha alternativa”.

Luís Montenegro acrescentou: “Não há nenhum intuito, tenho a certeza absoluta, nas forças policiais e no governo, de perseguição e de estigmatização de nenhuma comunidade.”

Em declarações ao Diário de Notícias, o primeiro-ministro assegurou que nunca associou imigração à violência.

Nunca fiz uma associação entre imigração e insegurança. E acho que ela não existe“, comentou.

“Portanto, não havendo uma relação directa [entre imigração e violência], isso não quer dizer que não estejamos atentos a fenómenos que acontecem também com cidadãos ou com redes internacionais que actuam em Portugal”, justificou.

O primeiro-ministro não tem ainda o índice provisório de criminalidade de 2024, mas disse que “há alguns de indícios de que a criminalidade grave e violenta tenha tido algum agravamento”. Mas a tendência é de decréscimo.

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5 Comments

  1. Mais um político que está a dormir ou comprado… Vamos ignorar a “primavera mucul” fizeram no norte de África e médio-oriente, mais recente no norte da Europa incluindo UK a que está quase em guerra civil ou umas décadas mais velho, países como Afeganistão, Irão e Iraque em que passaram de países ao nível da Europa para países de terceiro mundo. Porque seriamos diferentes de todos estes países que eram na sua maioria cristão e hoje em dia por magia os cristãos desapareceram do planeta em pouco anos. Em poucas décadas vamos ser uma Tunísia ou um Líbano ou um Egipto.

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  2. São só sensações e percepções… Um polícia basta perguntar se alguém tem algo ilegal e pronto, serviço feito.! Está tudo doido?

  3. A Policia fez o que tinha a fazer e fez muito bem, se não procedesse assim, na volta quem tivesse uma arma podia atirar fora ou até podia fazer mal a qualquer policia, este método é assim em todo o mundo, exceto na Russia, China, Coreia do Norte, Cuba, Venezuela, que os enfiam logo na carrinha celular. Se a imigração não está relacionada, em parte, ao crime, eu pergunto, porque estão presos na cadeia de Coimbra e outras elementos do CCP?

  4. Infelizmente, vamos observando um 1º ministro frouxo, mais preocupado com os votantes do que dirigir e governar o seu país correctamente e sem medos. Chegados aqui, não é o Luis Montenegro que vai pôr ordem no tema tabu Imigração.

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