Montenegro cantou vitória e não deixou dúvidas: “não é não!”

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Tiago Petinga / Lusa

A AD foi o partido vencedor desta noite eleitoral. Luís Montenegro cantou vitória, numa altura em que ainda havia 11 mandatos por apurar.

Depois de Pedro Nuno Santos ter assumido a derrota, Luís Montenegro e a AD cantaram a vitória, mesmo sem os resultados dos círculos do Estrangeiro e da freguesia de Algueirão-Mem Martins, no concelho de Sintra, distrito de Lisboa.

Entretanto, saíram os resultados da a freguesia com mais eleitores, em todo o país, e o grupo parlamentar da aliança composta por PSD, CDS-PP e PPM assumiu a vitória, tendo, até ao momento, 79 deputados eleitos, contra 77 do Partido Socialista (PS).

Os resultados dos quatro mandatos do Estrangeiro por apurar (dois da Europa e dois no resto do Mundo) só deverão ser conhecidos a meio da próxima semana. Ainda assim, para Montenegro, “parece incontornável que AD ganhou as eleições e que o PS perdeu”.

“Em primeiro, os portugueses disseram que querem mudar de governo; em segundo lugar, disseram que querem mudar de políticas; em terceiro lugar, disseram que querem que os grandes partidos possam mostrar-se de forma renovada e com capacidade de inovar; em quarto lugar, também disseram que é necessário que os partidos, nomeadamente os que têm representação parlamentar, devem privilegiar mais o diálogo e a concertação entre lideres e partidos“, acentuou.

“Não é não!”

Quanto a um eventual acordo com o Chega que garantia à AD a maioria absoluta no Parlamento, Luís Montenegro voltou a sublinhar que “não é não”.

“Eu assumi dois compromissos na campanha [vencer as eleições e não se juntar ao Chega]: e, naturalmente, cumprirei com a minha palavra“, garantiu o líder da AD.

Montenegro pediu ao Presidente Marcelo Rebelo de Sousa que faça a vontade aos portugueses e que o indigite a formar Governo: “É minha expectativa fundada que o sr. Presidente da República, depois de ouvidas todas as forças políticas, me possa indigitar para formar Governo”.

Montenegro enalteceu a oportunidade que lhe foi conferida pelos portugueses de iniciar a mudança em Portugal: “É possível a nossa economia possa crescer mais; com isso é possível pagar melhores salários; com isso é possível que os jovens não emigrem e que se valorize os esforços de quem trabalha, diminuindo os impostos; com isso é possível dar estabilidade aos idosos e reformados (…)”, enumerou o vencedor da noite eleitoral de 10 de março.

Momentos antes, o principal rival, o socialista Pedro Nuno Santos, tinha assumido a derrota, referindo que, nos próximos tempos, “o PS será oposição”.

Miguel Esteves, ZAP //

5 Comments

  1. Sem o Chega o governo não aprova o próximo orçamento de estado e cairá!
    Que gente irresponsável que não consegue colocar os interesses portugueses à frente dos restantes… Se fosse a esquerda já estava em linha a geringonça v2.

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  2. Este Governo, sem o CHEGA, nao vai ter uma vida longa, muito possivelmente o Orcamento vai ser aprovado…, apos isso, e tal como todos os anteriores Governos minuritarios, nao vai viver muito tempo.

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  3. Ainda não percebeu que não pode ignorar 1 milhão de portugueses. Mesmo que o Chega se abstenha a tudo não passa nenhuma proposta, não é difícil fazer as contas, ou vai andar a negociar à esquerda… O PS andou colado a partidos antidemocráticos, anti nato, anti ocidente e este não quer falar com o Chega que não é nada dessas coisas, lol.

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  4. Para evitar que o Chega vá para o Governo, o Centro Esquerda (PS) e até alguma Esquerda (Livre) podem chegar-se à frente e aprovar o Orçamento de Estado e viabilizar o Governo de Montenegro.

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