“Apesar da diferença tangencial”, “tudo indica que o PS não será o partido mais votado” nestas eleições. Pedro Nuno Santos assume a derrota e felicita a AD pela vitória nas legislativas 2024.
“O PS será oposição, vamos liderar a oposição“. A garantia é de Pedro Nuno Santos no discurso na noite eleitoral, onde assumiu a derrota do PS para a AD.
“Não vamos suportar um Governo da AD“, garantiu também. “O nosso projecto para o país não é compatível, é alternativo ao da AD“, reforçou, sublinhando que o PS vai “continuar a defender a [sua] visão para o país”.
Pedro Nuno Santos também destacou que o PS não vai estar ao lado do Chega numa eventual moção de censura ao Governo da AD. “Sempre dissemos que não criaremos nenhum impasse constitucional, a não ser que se conseguisse uma maioria alternativa”, sublinhou.
Portanto, não havendo a possibilidade de o PS apresentar uma maioria alternativa, “não obstaculizaremos, não aprovaremos moções de censura”, acrescentou, realçando, contudo que também não vai aprovar moções de confiança.
“Renovaremos o partido e procuraremos recuperar os portugueses descontentes”, sublinhou ainda o líder do PS, assumindo que o resultado do Chega “não dá para ignorar”.
“Não há 18,1% de portugueses votantes racistas ou xenófobos em Portugal, mas há muitos portugueses zangados que sentem que não têm tido representação e que não têm tido resposta aos seus problemas concretos”, frisou ainda Pedro Nuno Santos.
Deste modo, o líder socialista realça que pretende “recuperar a confiança destes portugueses e mostrar-lhes que as soluções” de que precisam “passam pelo PS, não pelo Chega, nem pela AD”.
“Trabalharemos [para isso] nos próximos meses”, reforçou. “O nosso caminho começa agora, hoje”, vincou.
“Só é vencido quem desiste de lutar e nós não desistimos”, destacou também, citando Mário Soares.