Montenegro anuncia suplemento para pensões em setembro, redução do IRC e apoio a professores

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José Sena Goulão

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, discursa durante o debate sobre o estado da Nação

O Governo anunciou que vai aprovar um novo suplemento extraordinário para pensões e a redução do IRC. Luís Montenegro adiantou também que o apoio à deslocação será alargado a todos os professores a partir de setembro.

O Governo vai aprovar na sexta-feira um novo suplemento extraordinário para todas as pensões até 1.567,50 euros de entre cem e duzentos euros.

De acordo com o anúncio feito esta quinta-feira pelo primeiro-ministro na abertura do debate do estado da nação, no parlamento, o suplemento será pago em setembro.

Também na sexta-feira o Conselho de Ministros aprovará uma proposta de lei de redução do IRC para 19% em 2026, 18% em 2027 e 17% em 2028.

Luís Montenegro disse que a sua expectativa é que a descida do IRC não represente uma perda de receita. “Quando, em 2014, experimentámos pela primeira vez uma medida equivalente a esta, chegámos ao final do ano e tivemos mais receita, e a minha expectativa é que este ano possamos chegar ao final do ano e com a baixa de 1%, não percamos receita em sede de IRC. Logo veremos”, afirmou.

O chefe do executivo disse esperar que possa acontecer o mesmo “nos anos subsequentes, dando maior capacidade de investimento às nossas empresas”.

Montenegro defendeu que “é uma política essencial e é uma política económica, é uma política que favorece o investimento das empresas” e “dá um sinal” de que o Governo acredita “na capacidade das empresas reinvestirem o capital dos seus resultados” e contratarem “mais recursos humanos e contratarem recursos humanos mais qualificados, para serem mais competitivas, para serem mais produtivas e para terem melhores resultados”.

Apoio a todos os professores deslocados

Montenegro anunciou também que o Governo vai alargar o apoio à deslocação a todos os professores da escola pública a partir de setembro, depois de esta medida ter sido implementada nos territórios com carência de professores.

O alargamento do apoio, cujo valor varia entre 150 e 450 euros mensais, conforme a distância, só entraria em vigor com o Orçamento do Estado para 2026, ou seja, a partir de janeiro.

A Assembleia da República já tinha aprovado em março – curiosamente com os votos contra do PSD e CDS-PP – um regime de compensação alargado a todos os professores deslocados, independentemente de estarem ou não colocados numa escola considerada carenciada por ter falta de professores, como previa a medida criada pelo Governo no início daquele ano letivo.

ZAP // Lusa

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