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Montenegro: “O meu adversário chama-se António Costa, Rio é meu companheiro”

ppdpsd / Flickr

Luís Montenegro, candidato à liderança do PSD

Arrogância à parte, Luís Montenegro mostrou-se confiante para as eleições dentro do partido. O seu principal foco está agora na oposição ao primeiro-ministro, António Costa.

Luís Montenegro, candidato à sucessão de Rui Rio na liderança do Partido Social Democrata (PSD), já só pensa nas futuras eleições contra o PS de António Costa. Com as diretas no PSD agendadas para 11 de janeiro, Montenegro quer convencer os militantes do partido que ele é o principal rosto da oposição ao atual Governo socialista.

O antigo líder parlamentar do PSD esteve em Lisboa numa ação de campanha, onde raramente mencionou Rui Rio ou Miguel Pinto Luz. Por outro lado, focou a sua atenção no atual primeiro ministro, António Costa.

O meu adversário chama-se António Costa. Rui Rio e Pinto Luz são meus parceiros e aqueles que os apoiam estarão ao meu lado para irmos à conquistas”, atirou perante algumas centenas de militantes.

“O maior partido de oposição tem de fiscalizar, escrutinar, responsabilizar e denunciar o Governo por aquilo que não faz. Portugal precisa mesmo muito de voltar a ter esta dicotomia poder-oposição. É necessário à própria vitalidade da democracia”, acrescentou Montenegro, citado pelo Expresso.

Montenegro contou com o apoio do vice-presidente da Assembleia da República, José Matos Correia, que também pareceu estar confiante na vitória nas diretas. Explicou que aceitou o convite de Luís Montenegro para comparecer na ação de campanha e, em tom de brincadeira, disse que “não era boa ideia dizer que não ao futuro líder do PSD”.

Assertivo nas suas palavras, Matos Correia disse ainda que era importante resolver tudo na primeira volta, para que “Luís Montenegro se possa concentrar no que é relevante”. Na sua opinião, a cada dia que passa sem um novo líder eleito, “é um trunfo acrescido ao dr. António Costa”.

De acordo com o Observador, Montenegro falou ainda que “dentro do PSD há dois caminhos”, descartando a concorrência de Miguel Pinto Luz. A batalha no dia 11 de janeiro será então, a seu ver, entre Rui Rio e ele próprio. “Queremos fazer cá dentro o que as pessoas percebem que queremos fazer lá fora”, salientou.

Relativamente ao Orçamento do Estado para 2020 — que Rui Rio anunciou que votaria contra —, Montenegro realçou o facto de António Costa ter dito que “apresentou ao país o seu melhor orçamento”. O ex-líder parlamentar disse ser inaceitável, visto que “é um orçamento que tem a maior carga fiscal de sempre“.

“Se é este o melhor que António Costa tem para apresentar a Portugal, então Portugal tem rapidamente de ter uma alternativa ao dr. António Costa“, disparou.

Esta quarta-feira, Luís Montenegro concedeu uma entrevista à TSF, onde reforçou que, se chegar à liderança do partido, quer “um PSD forte, mobilizado, basista, com ligação muito íntima à sociedade civil”. Por outras palavras, diz que “vamos ter um PSD à Cavaco”.

O candidato à liderança reconheceu as capacidades do atual grupo parlamentar, mostrando ter confiança nos parlamentares atuais. “Este é o meu grupo parlamentar e, sobretudo, do PSD. Foram os eleitores que elegeram estes 79 deputados, conto com todos eles para o trabalho político que temos pela frente”, reiterou.

ZAP //

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