Mísseis russos caíram perto da embaixada portuguesa

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Rodrigo Antunes / Lusa

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

João Gomes Cravinho assegurou que os diplomatas portugueses se encontram bem e condenou os ataques, sublinhando que ações contra alvos civis são crimes de guerra.

Portugal condena “firmemente” os ataques russos desta manhã contra alvos civis em Kiev, Jitomir e em outras cidades ucranianas, afirmou esta segunda-feira o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, numa mensagem divulgada através da rede social Twitter.

Adiantando ter recebido garantias do encarregado de negócios português de que a equipa da embaixada de Portugal na capital ucraniana “está bem e em segurança“, Cravinho referiu, na mesma mensagem, que alguns dos mísseis caíram “muito próximo” de onde a equipa da representação diplomática se encontrava.

Na mensagem, o chefe da diplomacia portuguesa afirmou que o Governo reitera o “pleno apoio à Ucrânia na sua guerra defensiva contra a agressão russa”, sublinhando ainda que “ataques contra alvos exclusivamente civis são crimes de guerra”.

A Rússia bombardeou esta segunda-feira várias regiões ucranianas, como Kiev (a capital da Ucrânia), Lviv, Khmelnytskiy, Dnipro, Vinnitsia, Zaporijia, Sumy, Kharkiv e Jitomir, desencadeando “uma manhã muito dura” no país, como afirmou o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskyy, que acrescentou que os ataques foram feitos com recurso a armamento iraniano.

O último balanço dos bombardeamentos dá conta de pelo menos oito mortos e 24 feridos em Kiev. Os militares ucranianos disseram que a Rússia disparou 75 mísseis contra a Ucrânia esta manhã, dos quais a defesa antiaérea abateu 41.

Os bombardeamentos russos acontecem depois de uma explosão ter danificado, no sábado, a ponte Kerch, que liga a Rússia à península ucraniana da Crimeia, anexada em 2014. Moscovo atribuiu a explosão na ponte a um ataque terrorista ucraniano.

O ministro moldavo dos Negócios Estrangeiros acusou ainda a Rússia de violar o espaço aéreo da Moldova com os mísseis que lançou hoje sobre a Ucrânia.

“Três mísseis de cruzeiro lançados na manhã de hoje por navios russos no Mar Negro, com destino a Ucrânia, cruzaram o espaço aéreo da Moldova“, afirmou Nico Popescu na rede social Twitter.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros descreveu, através da rede social Telegram, como “absolutamente inaceitável” esta violação do espaço aéreo da Moldova.

ZAP // Lusa

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