Após humilhação com ponte de Kerch, russos atacam Kiev. Oito mortos confirmados

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Sergey Dolzhenko / EPA

Num discurso transmitido ontem à noite, Vladimr Putin acusava os ucranianos de um “ato de terrorismo”.

Após meses de relativa calma, Kiev viveu às primeiras horas desta manhã momentos de terror na sequência de várias explosões provocadas por ataques de mísseis. Os projéteis começaram a atingir a capital ucraniana por volta das 08h15, hora local, com a população a ser avisada durante largos minutos para o perigo iminente de ataque. De acordo com os relatos da imprensa internacional, muitos alguns dos mísseis caíram em zonas-chave de Kiev, muito movimentadas, quando a população se dirigia para o trabalho ou escolas. Parques infantis, pontes terrestres ou cruzamentos citadinos foram alguns dos alvos.

De acordo com as últimas informações divulgadas, pelo menos oito pessoas morreram e outras 24 ficaram feridas no primeiro bombardeamento. Registou-se ainda um incêndio em seis carros, com outros 15 a registarem danos. É ainda expectável que o número de mortos continue a subir, já que o jornal britânico The Guardian dá conta de “pelo menos nove mísseis” em Kiev na última hora e meia. Neste última leva de ataques, também foram registadas explosões em Lviv, Ternopol e Dnipro, atingidas ao início desta tarde, mas também Zaporija, durante a madrugada.

Volodymyr Zelenskyy já reagiu aos ataques via Telegram, com mensagens a apelar à calma da população para que esta cumpra com as diretrizes das autoridades. “Eles estão a tentar destruir-nos, varrer-nos da face da terra. Atacam o nosso povo que está a dormir em casa em Zaporijia. Matam as pessoas que vão trabalhar em Dnipro e Kiev. O alarme aéreo não para em toda a Ucrânia. Há mísseis, infelizmnete causando mortes e feridos. Por favor, não deixem os abrigos. Cuide de si e dos seus queridos. Vamos aguentar e ser fortes“.

Nos últimos minutos, o exército ucraniano revelou ter abatido 41 dos 75 mísseis lançados pela Rússia na manhã desta segunda-feira.

Os ataques acontecem depois de uma declaração de Vladimir Putin, em que o presidente russo acusava os ucranianos de um “ato de terrorismo” no âmbito do ataque à ponte de Kerch, que liga a Rússia à Crimeia, representando uma importante estrutura logística no abastecimento das tropas. “Não há dúvida. Isto é um ato de terrorismo que visa destruir infra-estruturas civis criticamente importantes da Federação Russa”, disse Putin. “Foi concebido, realizado e encomendado pelos serviços especiais ucranianos.”

ZAP //

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8 Comments

  1. Mais um bombardeamento com armas de precisão! É extraordinária a precisão destas armas russas (ou iranianas ou lá o que for) em acertarem em infraestruturas/edifícios civis!
    E já não há pachorra para a verborreia hiper-arrogante do palhaço Medvev, que no seu registo habitual, garante que haverá mais disto (nada de novo, portanto)…

  2. Passaram 8 anos a brincarem aos Nazis e a provocar a Rússia. Agora queixam-se que estão a ser destruídos. Se calhar pensavam que as suas acções não iam ter repercussões. E a UE ajudou. Não há inocentes nesta guerra, todos os lados partilham uma dose de culpa. Deixem-se de ser hipócritas e dizer que só a Rússia é culpada. A UE e os EUA andaram 8 anos a fazer de tudo para que esta guerra começasse. Os líderes da UE e EUA são tão criminosos como o Putin. Agora, é lidar, irmoum.

  3. J. Galvao, Fofinhos , vamos lá entender, entao o fofinho Dudayev ainda duvida da intervenção da UE e dos EUA em Cuba, Venezuela, Iraque, Vietname, Africa Central, Angola, Moçambique, Afeganistão, a NATO e os capacetes Azuis em muitos outros paises que estavam sossegadinhos e onde de repente surge um interesse económico seguido de massacre daqueles Povos complementados com uma destruição moral, fisica , e material, e subjugados a uma vontade daqueles senhores em explorar as riquesas locais, e estabelecem o controle criando e instalando bases militares , como ja aconteceu nos paises que pertenceram a Rússia, e continuavam a procurar instalar nos últimos 08 anos também na Ucrânia, aqui calhou-lhes mal e extasse a ver o que acontece quando um vizinho deixa instalar uma ” antena ” comercial junto ao nosso edifício.

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