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Ministro do Ambiente obriga Celtejo a reduzir descargas para metade

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Não atribui culpas à empresa de celulose pelo último incidente, mas o ministro do Ambiente, Matos Fernandes, admite que o Tejo “não aguenta tanta carga orgânica”.

Quarta-feira amanheceu em Abrantes com o Tejo coberto por um manto de espuma “assustador”, como denunciou o ambientalista do movimento proTEJO, Arlindo Marques, através das redes sociais.

As autoridades ainda não sabem com certezas de quem é a culpa, mas para já, os olhos repousam na ETAR de Abrantes, apontada como a principal culpada do “atentado ambiental no Tejo”.

Uma das causas da origem do problema de poluição no rio Tejo estará relacionada com um incidente registado na Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) de Abrantes. Segundo apurou a TSF na quinta-feira, terá ocorrido uma descarga inadvertida de lamas da ETAR de Abrantes diretamente para as águas do rio Tejo.

Agora, como medida de precaução, João Pedro Matos Fernandes, anunciou que a empresa Celtejo “terá de reduzir para metade o volume do efluente rejeitado o que implica a redução da laboração durante dez dias”, avança o Expresso.

No final desse tempo, serão feitas novas análise para avaliar a concentração de oxigénio dissolvido na água, um parâmetro que não deverá ter um valor inferior a cinco miligramas por litro, mas que a 24 de janeiro chegou a atingir 1,1 miligramas por litro.

O ministro sublinha que “não está a atribuir a responsabilidade por este incidente no Tejo à Celtejo”, porém não acredita que o rio “suporte a quantidade de carga orgânica que está a receber”.

Os responsáveis pelo incidente de quarta-feira só poderão ser identificados após análise às amostras recolhidas em vários pontos do rio e às ETAR da região, junto das quais foram colocados sensores.

Seis veículos pesados começaram na manhã deste sábado a aspirar a espuma acumulada no rio Tejo, visível desde quarta-feira sobretudo junto ao açude de Abrantes.

A medida de urgência é essencial para assegurar a limpeza das águas e foi anunciada ontem pelo Governo.

ZAP // Lusa

1 Comment

  1. Anda-se a tentar há muito tempo encobrir a verdadeira causa da poluição embora toda a gente saiba de onde vem, penso que o melhor mesmo é encarar a situação de caras e procurar juntamente com as empresas a maneira mais eficaz para diminuir a poluição, haverá possivelmente outras formas menos poluentes de produzir os rios esses é que não podem ser transformados em esgoto como estão quase todos no nosso país.

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